imagem retiada da internet
No céu cada pessoa era responsável por carregar uma cruz. A pessoa adava com ela às costas e carregava-a para onde quer que fosse. As cruzes não eram todas iguais. Umas eram grandes, outras mais pequenas, umas eram feias outras bonitas, cada um tinha a sua e era unica. Um dos homens que habitava o céu andava cansado de carregar aquela cruz. Doiam-lhe muito as costas e os braços de tanto carregar, sentia-se a arfar sempre que tinha que percorrer um caminho mais longo. Então esse homem resolveu ir ter com Deus e pedir-lhe para trocar a cruz por outra mais pequena. Deus concordou e levou-o ao lugar onde estavam as cruzes armazenadas à espera de alguém que as carregasse.
- Pronto, chegamos - disse Deus- agora escolhe.
O homem olhou para as centenas de cruzes de tamanhos diferentes e ficou indeciso. Por fim descbriu uma cruz lá ao fundo, muito pequena, apontou para ela e disse:
- Quero aquela!
- Aquela? – respondeu Deus – aquela é exactamente do tamanho da tua...
Esta é uma história que tem a ver com a religião, mas que se aplica a todos nós, não importa a raça ou o credo. E foi esta historia que este fim-de-semana deu aso a uma enorme discussão, no bom sentido, claro está.
Estavamos a falar da vida dificil, das horas infinitas que passamos a trabalhar, do tipo de serviço, quando de repente já estvamos a falar da infancia infeliz, dos casamentos falhados, da violencia e dos pais que abandonam os filhos...
Tambem se discutou quem é que sofreria mais: se os miudos orfãos, se os que são vitimas de violencia. Claro que não chegamos a nenhuma conclusão. Não existe um “dorometro”, não existe nada capaz de medir a dor de cada um. Não existe uma balança capaz de pesar o sofrimento.
Estivemos a discutir longamente este assunto e fiquei triste, porque sei que tantas pessoas neste mundo sofrem, crianças, mulheres e homens, novos e velhos, ricos e pobres. Eu propria tive e tenho uma cota parte deste sofrimento. Mas tambem sei que cada um só aguenta aquilo que pode aguentar. Sei que todos temos um limite e que em situações normais, quando se atinge esse limite ha um mecanismo de defesa que nos faz desligar e parar para resolver o problema.
Infelizmente há quem não tenha a opção de parar no seu limite, porque ainda ha muitos carrascos no mundo que teimam em fazer sofrer o seu proximo, muitas vezes pessoas que deveriam ser as suas mais queridas, pessoas que destroiem as outras sem qualquer pena.
Depois desta conversa, e apesar do cansaço, senti-me contente por pertencer a este grupo que tem uma cruz pequena, e saber que sou capaz de a carregar, mesmo que às vezes vacile, mesmo que às vezes tenha que pedir ajuda, mesmo que às vezes me pareça que não vou conseguir...
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi