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...decisão para mudar um pouco a minha vida. O médico aconselhou e eu hoje já fui fazer a inscrição. Alguns kms na passadeira e mais alguns na bicicleta, e tudo sem abafar! Além de me fazer bem à saude, espero que também me faça bem ao ego!
…começou assim:
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Depois de muito adiar fui ao médico. As dores nas costas são tantas que já fui verificar o BI, não fosse eu estar enganada e ter já para cima de sessenta anos. Também me queixei da memória que hoje em dia deixou de ser minha amiga, e não poucas vezes me deixa ficar mal. Foi só quando sai de lá que me apercebi que afinal ainda estou pior do que pensava, pois durante o dia de ontem fiz uma listinha de queixas a dizer à soutora e não a consultei estando a mesma dentro do bolso, ora o resultado foi: não dizer tudo o que precisava!
De qualquer forma tenho nova visita à soutora dentro de dias, uma vez que trouxe uma lista maior do que a lista de compras de fim de mês, de exames para fazer.
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Depois disto fui a uma reunião com a DT do meu filho, o que, diga-se de passagem, foi a cereja em cima do bolo. Espera-me mais um ano agitado e complicado e quem sabe, mesmo cheio de dores de cabeça… parece que o rapaz demonstra mais interesse pelas conversas animadas nas aulas (para o lado claro), visitas ao campo de ténis em dias que as meninas jogam e mesa de ping pong, do que propriamente pela matemática, português e outras disciplinas importantes do nono ano… a DT é uma simpatia e demonstrou gostar muito de meu filho, disse-me que tinha um rapaz inteligente, mas isso não chega para lhe dar notas positivas se os cadernos teimam em ficar fechados e os testes negativos….ou quase.
Enfim… uma mãe um pouco gasta e cansada e uns filhos cheios de energia e folia…não sei como vai ser…
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Lá ia ela, como tantas outras vezes em que a vejo, de sorriso nos lábios. Nao sei o nome dela, nem a idade, nem se gosta mais de carne ou de peixe. Sei que passa por mim, risonha, de mao dada com uma menina, que pela pinta só pode ser a filha. Passa a cumprimentar: bom dia, está bom tempo não está? - e ri. Ri com aquele riso franco de quem esta de bem com a vida. Ri com aquele riso aberto de quem ri com vontade, se forçar, sem pudor. Olho-a e apesar do riso apetece-me chorar.
Sou parva, eu sei, mas não consigo evitar que uma lagrimita teimosa me assome aos olhos. Fico comovida. Fico emocionada. Fico esmagada por um sentimento de impotencia, de tristeza, de angustia, de empatia para com aquela mulher que passa numa cadeira de rodas de sorriso nos lábios...
A diferença deve magoa-la. A impotencia deve magoa-la. A dor deve magoa-la. As lembranças devem magoa-la. E no entanto ela parece feliz. Feliz quando passa de sorriso nos labios. Creio que aceita o que o destino lhe reservou e fica feliz com o que ganhou: a vida em si mesma.
Quantos de nós andam de cara amarrada por muito menos? Quantos de nós não agradecem por todas as coisas boas que tem na vida? Saude, liberdade... Eu tambem padeço um pouco desse mal. As vezes, no meio de tanta agitação, tantos problemas, acabo por esquecer que tenho saude, filhos lindos, emprego (dois até!!), tecto, familia e amigos.
Sou uma afortunada e lembro-me disso poucas vezes...
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi