eu tenho muitas saudades dos meus meninos!!!
dias inteiros sem ver os meus filhos.
coração de mãe sofre. e muito.
pôr-do-sol algures em Vila do Conde, algures em Outubro de 2010
Vejo-as daqui de onde estou. São altas e escuras e bravias, tão enfurecidas como se me quisessem por força alcançar, derrubar, destruir...ou abraçar. São as ondas do mar. O sol brinca às escondidas comigo, aparece e desaparece atrás das nuvens cinzentas e é morno. Apenas morno na minha pele fria, solitária...
Eu penso em ti. Tenho saudades que fazem doer cá dentro. Cada onda que bate com fúria e que morre, indefesa, e se afasta, lenta, deixa a marca do teu rosto preso na areia molhada. Retenho essa imagem o mais que posso e depois... depois desaparece...
Penso tanto em ti. Sonho com o dia em que te terei perto. Não importa que não passe de um sonho, de uma história inventada nas noites de insónia... Não importa... No meu sonho pego-te na mão e beijo-a. No meu sonho sorris o sorriso mais doce do mundo e beijo-o. Tenho saudades...
Olho o sol que agora se põe e penso em ti. Na solidão que me amargura os dias. Penso na vida. Na solidão. Na tristeza. No amor que não tenho. Penso no passado. No futuro que não existe. Penso na morte. Penso no sol imenso, longe, longe, longe como tu estás de mim.... Penso na beleza de um pôr-do sol, maravilha da natureza. Penso no insustentável peso da distância. Penso em ti.
E agora já não há sol, apenas o frio de Inverno dentro de mim.
Porque será que a vida nos dá algumas pessoas de presente se depois não podemos ficar para sempre com elas???
....de ti...
é certo que não sabes o que me vai na alma. é certo que não me ouves chorar pela noite dentro quando a saudade dói. e sei também que não notas as borboletas que esvoaçam loucas no meu estômago quando te encontro. e é possível que nem percebas que quando te olho nos olhos as palavras me fogem da boca para um lugar onde não sou capaz de as encontrar. depois, assim de mansinho procuro o teu rosto e fico calada, muda pela tua beleza simples e pelos teus olhos doces. sei que não queres ser doce, mas és. de que outro tipo de pessoa teria eu saudades? a tua mão tão perto da minha é uma tentação demasiado forte e tenho que me forçar a uma imobilidade total para não ta agarrar, não a levar aos lábios, não a beijar muito e não a deixar presa dentro das minhas. depois viro a cara e evito olhar-te porque os teus lábios contêm chamamentos ferozes. quem me dera beijá-los... com paixão.
ridícula saudade de alguém que não se teve nos braços. absurda saudade de alguém que não nos ama. patética saudade de alguém que não nos dá valor. poética saudade de alguém que sentimos amar...
talvez um dia...estes sentimentos acabem....ou talvez um dia já não seja preciso que acabem...talvez um dia...o futuro está tão longe...vou deixá-lo chegar...
texto de ficção...ou talvez não:)
...matar saudades!!
Querido,
Esta noite sofri como não me lembro nunca de ter sofrido... Esta noite foi das noites mais difíceis da minha vida, das mais negras... Querido, foste embora e eu fiquei sozinha na noite, perdida entre os fantasmas do passado. As horas sucederam-se e eu sem conciliar o sono. As saudades fizeram doer cada centímetro da minha pele, cada fio do meu cabelo... Não conseguia tirar da cabeça a imagem dos teus olhos profundamente verdes procurando os meus numa ansiedade imensa, do teu rosto inteiro e perfeito tão perto do meu. Não conseguia deixar de imaginar-te perto de mim como em tantas e tantas noites que passamos juntos, noites em que querias estar tão perto de mim quanto era humanamente possível. Doeu sentir saudades dos teus lábios pousados nos meus, desejando sofregamente mais e mais. Os teus lábios na minha pele dourada pelo sol. Ah, meu querido, é insuportável pensar que jamais sentirei i sabor da tua boca, da tua pele ligeiramente salgada depois de horas de paixão. O meu peito que não sentiu o teu toda a noite e quase sufocou. Lembrei cada detalhe dos teus dedos quando de forma suave querias sentir a minha pele do pescoço e dos ombros e delicadamente ias descendo até seres dono de todo o meu corpo. Preciso tanto que voltes para atenuar esta dor feita de uma saudade imensa. Preciso de voltar a sentir o amor imenso das noites que passamos em claro, descobrindo o corpo um do outro, entregando-nos um ao outro sem pudor mas com uma paixão desmedida… Lembras-te de cada vez que pensávamos ir dormir e nos tocávamos inocentemente? Lembras-te como isso era suficiente para nos despertar para mais uma noite de loucura e paixão? Tenho saudades, querido…repito-me bem sei, mas tenho tantas saudades…quero beijar-te, beijar-te tanto até perder a respiração….quero amar-te tanto que não sejas capaz jamais de me deixar….
Foste embora e eu fiquei só. A noite toda a pensar na tua ausência, a senti-la como uma faca espetada no peito... Na madrugada a dor física foi-se desvanecendo e a dor da alma atacou em força. Não há nada capaz de atenuar esta dor…nenhuma lembrança, o teu cheiro na minha almofada, na minha camisola que não tenho coragem de lavar…Nada, nada é capaz de apagar esta saudade…. Não consigo deixar de lembrar as tuas mãos brancas e macias enlaçadas nas minhas. A tua barba quase sempre por fazer a roçar o meu rosto, fazendo sempre com que eu solte um risinho de adolescente. Dá-te um bom ar a barba, um ar de desprendimento pela vaidade e coisas materiais que eu tanto aprecio…. Já to disse antes, penso, mas repito-to agora mais uma vez meu querido…és tão belo, és tão perfeito… não saberei agora viver sem ti… Nem nunca…
Querido, quem me virá agora dizer bom dia no ouvido? Um bom dia murmurado mas que no meu coração soava como a voz mais belamente timbrada do mundo? Quem me dirá agora palavras de amor? Quem me fará rir? Quem agora me segurará na mão em dias de tempestade? Quem me virá beijar a testa com um sorriso capaz de derreter a maior montanha de gelo do mundo? Adoro esse gesto…Não serei capaz de viver assim….Sem ti…
Ainda não me levantei da cama…Não me apetece. Estou aqui apenas a tentar que nenhuma das memórias que guardo de ti se consiga escapulir pela janela. Não a irei abrir mais, a janela. Não quero. Quero continuar a sentir as tuas mãos no meu corpo, a tua boca na minha boca. Quero continuar a sentir o teu cheiro deliciosamente inconfundível. Quero continuar a sentir-te, inteiro.
Sabes? A vida perdeu a cor. A saudade dói. E sei que nenhum dia jamais será dia porque a escuridão tomou agora conta da minha vida… como pode voltar a ser claro sem ti? Não poderá jamais… Nunca… Será noite para sempre…
Amo-te daqui até à lua e depois da lua até aqui.
Saudades de ti
M.
Texto de ficção escrito para a fábrica das histórias por Cláudia Moreira
imagem retirada na net
Sou mulher e envelheço devagarinho
A noite cai e eu choro baixinho
A pele outrora jovem e quente
É agora mais morna, rugosa, dormente
Sinto saudades de um corpo sentir
De ver uns lábios vermelhos sorrir
Senti-los nos meus, doces, carnudos
Os nossos corpos juntos, desnudos
A falta que faz um abraço apertado
Uma carícia suave, um gesto ousado
Falta de ouvir palavras sussurradas
Nos meus ouvidos carícias murmuradas
O tempo passa depressa, maldoso
Sinto meu corpo tremendo, saudoso
De uma noite de amor apaixonada
Na pele já velha sentir-me amada
É noite escura e eu choro baixinho
Tenho saudades de ter um carinho
Nas minhas mãos a pele mirrada
A lembrar-me que sou mal amada
Sou mulher e envelheço devagarinho
Fecho os olhos, adormeço de mansinho
No sonho sou a dona do meu sentir
Sonho que sou jovem e volto a sorrir...
imagem retirada da net
Parece-me que esta atracção por estações de comboio vem de longe. Não sei quando começou, mas desde de sempre me lembro de pensar nelas e ficar com um friozinho no estômago e a pulsação acelerada, tal e qual como quando se vai ao primeiro encontro. As estações de comboios significam partidas, chegadas, abraços, rupturas, saudades. Significam descoberta, paixões, outras gentes, outros lugares. Fazem-me sonhar! Tantas vezes que fui apenas por ir. Apenas para imaginar que alguém chegava e me abraçava e me beijava e me dizia as saudades que tivera. Tantas vezes que fui e imaginei que ia para longe, ver novos lugares, conhecer gente. Nos tempos em que era muito triste, imaginava ir embora num desses comboio que partem resfolegando. Mas nessa altura nunca parti. Houveram tempos em que entrei num desses comboios e que alem do prazer de estar na estação de partida, ouvindo os comboios chegar e partir, de ver as pessoas correndo, esperando, sorrindo, chorando, também tive o prazer da estação da chegada. De ter alguém à espera. De ver, de cheirar, de sentir novos lugares. De apreciar a paisagem que passa a correr na janela. De ver um mundo novo a abrir-se perante os meus olhos. Eu já tive esse prazer. E gostei tanto! Hoje e ontem e sempre, as estações de comboio povoam os meus sonhos. O grande amor da minha vida que há-de ver-me numa dessas estações perdida entre a multidão e virá aconchegar-me a alma com um sorriso. A grande viagem que hei-de fazer de cidade em cidade. A despedida entre lágrimas de alguém que há-de partir para sempre. E tantos, tantos outros sonhos que já sonhei em que a estação de comboios é sempre o cenário mais belo. As estações de comboios são promessas de emoções novas… Magnólia
Ps: lembrei-me de escrever sobre elas porque amanhã a minha filha já vai de novo deixar-me. Vai de ferias para Trás-os-Montes com familiares…
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi