Entre as nuvens dispersas vislumbro o azul celeste
Fixo-as, às nuvens, altas e brancas
E de repente já não são nuvens
São Pégasos brancos como a neve
São tão belos que me fazem sorrir!
E não quero sorrir…
Não quero sorrir porque a solidão é tanta
É tanta e só me apetece chorar rios de lágrimas
Que possam correr até ti para te fazer lembrar de mim!
Só quero não fazer nada, ver nada, sentir nada!
Quero deixar-me engolir pela terra
Passar a viver serenamente nas suas profundezas
Longe do teu olhar esquecido de mim…
Mas os Pégasos estão ali…
Se estender a mão talvez os alcance…
Estão tão perto das minhas mãos, meu Deus!
Estendo-as então numa tentativa de os agarrar!
Mas eles avançam pelo céu em tropel
Numa cavalgada alada como nunca tinha visto!
São tantos! E belos! Tão belos!
E então, recolho a mão devagar
Não fui a tempo de lhes tocar
De os sentir na pele da palma da minha mão
De os abraçar, de imaginar viajar nas suas garupas
Sem destino pelo céu azul, longe da solidão da Terra
E da tua indiferença…
E de repente…
Já não são Pégasos mas nuvens outra vez
E também já não são brancas mas negras
São negras como breu e trazem tempestade dentro de si
Fixo o céu novamente até me doerem os olhos
E quando cai a primeira gota de chuva liberto a primeira lágrima
E deixo que se misturem na minha cara
E sulquem a minha pele até à minha boca
E saboreio por fim o gosto amargo da saudade…
imagem retirada da net
Dói-me tudo.
A pele. Os músculos. Os vasos sanguíneos. Os ossos.
O estômago. Os pulmões. O cérebro. O coração.
Dói-me tudo.
Não há nenhum centímetro de corpo que não me doa por causa de ti.
E dói tanto, tanto, tanto…
Apetece-me gritar! Gritar sons e interjeições e palavras sem sentido!
Gritar apenas!
Não dizer coisa com coisa porque não há palavras para dizer.
Nenhuma palavra pode dizer tudo o que sinto…
Nem muitas palavras podem dizer o que sinto…
Apenas a dor lancinante no corpo.
Na minha cara um esgar, um espelho da minha alma profundamente magoada.
O meu corpo contorcido pela dor. A minha pele, quente, febril.
Dói-me tudo.
A alma, sobretudo dói-me a alma que não sei sequer onde vive.
Não sei se na pele, se nos músculos, se nos ossos.
Não sei onde vive a minha alma e por isso dói-me tudo. Cada pedacinho do meu corpo…
Dói-me tudo porque não posso olhar para os teus olhos com os meus olhos.
Não posso sentir a pele quente do teu corpo na pele das minhas mãos.
E também não posso sentir os teus lábios húmidos com os meus lábios.
Não posso sentir o teu corpo dentro do meu abraço.
Dói-me na carne a dor imensa da saudade.
E a cada hora que passa dói mais e mais, mais profundamente.
Dói-me tudo e não há como matar esta dor.
Antes a dor me matará a mim…
Cláudia Moreira
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Nos dias mais tristes ainda choro Agarrada às lembranças do passado Finjo que me vou mas não demoro A voltar para onde tenho estado Tenho estado na casa da saudade A viver uma vida sem sentido Onde a dor que sinto é de verdade O riso as vezes um pouco fingido Um pouco fingido porque custa rir Quando se sente a falta do amor Falta de um doce carinho sentir De um abraço dado com ardor Dado com ardor, dado com desejo Um abraço terno e carinhoso Um toque suave, um doce beijo Terno momento, maravilhoso Maravilhoso e incomparável É amar e ser amada intensamente Desejar alguém, ser desejável E querer a alguém profundamente Profundamente foi como amei Um dia alguém na minha vida Quem foi esse amor eu já não sei É apenas umas lembrança querida Uma lembrança querida é amar Esse sentimento tão nobre e doce Que eu queria voltar a tentar Por mais um minuto que fosse… Magnólia 13-08-08
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Hoje, não sei porquê, lembrei-me de ti
Estavas tão bonito, gracioso, querido
Tal como no primeiro dia que te vi
Num fim de dia há tanto tempo perdido
Das tuas mãos lembrei-me da beleza
De como eram suaves e carinhosas
Que me tocavam com tanta leveza
Mãos mais belas e maravilhosas
Lembrei-me com muita saudade
Do abraço apertadinho, tão gostoso
Que naquele lindo fim de tarde
Trocamos, tão suave, tão caloroso
Desejei os teus lábios, o teu beijo
Lembrei-me como era macio, doce
De como ficava louca de desejo
Por mais leve que esse toque fosse
Lembrei-me do teu sorriso
Sincero, o mais belo do mundo
Quando chegavas assim sem aviso
E me fazias suspirar profundo
Lembrei-me que tanto te amei
Que te amei mesmo de verdade
Que tudo, alma e corpo te dei
E agora resta apenas a saudade...
Magnólia
11-06-2008
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Esta solidao que me faz sofrer
Que me tira a vontade de viver
Olho para dentro de mim
E nada vejo, so um vazio assim
So a escuridao, desolaçao
Estou cansada, abatida de coraçao
Tenho saudades de ter carinho
Um gesto, um mimimho
De andar de mao dada na rua
De conversar debaixo da lua
Do nome do amor mil vezes escrever
Na minha alma sem querer
Saudades de sentir um aperto
Quando o ser amado nao esta perto
Quero ver alguem aqui ao meu lado
E sentir um abraço apertado
So hoje, so agora, neste momento
Sentir o calor de um corpo sem tormento
Sentir a respiraçao no meu ouvido
Palavras segredadas, de amor, sem sentido
Estou sozinha, no vazio, sem perceber
Este silencio que me faz ensurdecer
Que me deixa perdida na incerteza
Num mar de angustia e tristeza
Queria apenas hoje nao estar sozinha
Na noite que ja se avizinha
Ver um rosto, um sorriso, um olhar
Ter alguem a quem muito amar....
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Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi