...matar saudades!!
Domingo de manhã é um momento terrível para os solitários. Precisava do meu amigo, tinha urgência de o ver. Precisava de conversar e só ele é capaz de me ouvir de me entender.
Por isso hoje de manhã fui ver o mar.
No céu azul, o sol brilhava intensamente, mas as águas do oceano estavam cinzentas. O vento soprava furiosamente mal me deixando ouvir o Jamie que levava comigo no mp3. Estava cansada, mas caminhei alguns quilómetros pela beira-mar. Depois tirei as sapatilhas e caminhei descalça na areia molhada. Olhei mais longe, na direcção do sol e a água brilhava como se fosse feita de cristal. Gosto tanto de ver a água assim, como se fosse feita de cristal. Olhei para trás e vi o farol. Imaginei-me a viver no farol. Seria uma delícia acordar todos os dias com as gaivotas a pairar na janela e as ondas a bater nas rochas. Podia fechar os olhos mis um pouco, sentindo-me completamente segura sabendo que a luz que guia os náufragos estava mesmo ali por cima de mim. Foi uma ideia tola bem sei, mas gostava de experimentar um dia uma ideia assim tola. Uma ideia assim tola que não causa dano mas que dá prazer.
Já estou a divagar.
Fui ver o mar porque ontem me senti triste novamente. Devia desistir de sair à noite. Vou a sítios lotados e sinto-me só. Muito mais do que me sinto quando estou efectivamente só. A lágrima teimosa queria sair de novo, mas não deixei. Respirei fundo e acabei de beber a vodka laranja. Vim para casa, mas a solidão também estava na minha casa. Mais uma vez não deixei a lágrima teimosa sair. Adormeci tardíssimo e acordei cedíssimo. Por isso fui ver o mar. Para tentar acalmar a angústia que certos pensamentos me fazem sentir. Não sei se me sinto muito melhor, mas pelo menos neste momento não corro o risco da lágrima querer soltar-se de novo…
imagem retirada da net
Ontem foi dia de aula de surf na praia do edifico transparente. Os meus filhos, a minha irmã, o meu sobrinho e mais um amigo da família!
Os professores chegaram, todos vestiram os fatos de surf, pegaram nas pranchas e fizeram-se à praia! Estavam lindos naqueles fatos pretos e licras azuis! Uma autentica geração morangos com açúcar!
Fizeram o aquecimento, receberam instruções e fizeram-se a agua! Bem, foi uma alegria vê-los cada um com a sua prancha amarela na mão a correr para água.
Eu fiquei a fazer a reportagem fotográfica! É que eu não tenho perfil de surfista…eu bem queria, mas não tenho! Fiquei de câmara na mão a olhar o mar e a vê-los nadar, tentar subir para a prancha, cair, voltar a subir, cair e voltar a subir! Quer-me parecer que nenhum deles esteve em cima da prancha mais de 5 segundos!
Bem, estava eu a tirar fotos quando vejo a minha irmã sentar-se na prancha agarrada ao pé. Achei que se tinha magoado numa pedra, mas não, tinha sido mordida por um peixe-aranha! Bem, teve que ser levada as cavalitas por um dos professores, porque apesar de só terem passados uns minutos as dores já estavam insuportáveis!
Eu tive que ficar na praia com os miúdos mais pequenos, porque um professor só para dez pessoas era complicado. Mas mal pude fui ver como estava ela. E encontrei-a com um pé na água quente cheia de dores. Como não passavam e o pé estava cada vez mais inchado, chamamos o INEM. Ainda a conseguimos fazer rir porque a ambulância veio com as sirenes ligadas a parecer coisa de filme! Ela nem sabia se haveria de rir ou de chorar. Bem, os enfermeiros acharam por bem leva-la para o hospital. E no fim da aula de surf do resto do pessoal, vesti os miúdos e lã fomos todos em grupo para o hospital busca-la. E pronto, foi uma aventura que acabou bem, embora o pé ainda esteja inchado, mas pelo menos já anda!
Valeu e pena porque os miúdos adoraram! A Ana até já diz que quer aprender a sério! E valeu a pena porque consegui tirar o André do PC e valeu a pena porque fizemos coisas em família!
Mas na próxima vamos tentar fugir dos peixes aranha…J
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi