Dentro do Segredo - José Luis Peixoto
Há algo de muito especial na escrita de José Luis Peixoto. Ponto.
Há algo de simples e complexo que não se defini em palavras. Ponto.
Agora sobre este livro: não sendo um romance, é como se fosse. É um diário de uma viagem, em que o JLP nos fala das coisas que viu, mas a forma tão simples como as descreve e como acrescenta as histórias pessoais, os telefonemas a casa, os medos e as alegrias, acaba por transformar este livro numa história muito bela, fazendo com que embarquemos com ele no avião, e sigamos rumo à Coreia do Norte com ele, vivendo tudo o que ele viveu, sentindo tudo o que ele sentiu.
Confesso que enquanto fui lendo o livro fui sentido que estava lá, que via o que ele estava a ver, cheirava o que ele estava a cheirar e até que sentia o paladar do que ele estava a comer.
É por isso, por todas estas coisas que ele consegue transmitir tão bem que eu sou fã incondicional da obra dele e recomendo a leitura de todos os seus livros, do primeiro ao último!
É hoje o lançamento oficial do LIVRO (da Quetzal) de José Luis Peixoto, em Lisboa. Quem me conhece sabe que já estou aos pulinhos para o ter nas mãos. Cá no Porto será dia 28 de Setembro de 2010, ainda não tenho conhecimento da hora/local mas saberei brevemente.
Deixo aqui a biografia do José Luis Peixoto e um pequeno resumo do novo romance, que, não tenho qualquer dúvida, nos vai fazer querer abrir o livro e só o fechar quando já não houver mais palavras escritas...
E agora aqui na nossa grande aldeia do sapinho verde o blog oficial do JLP escrito pelo próprio!
Biografia:
José Luís Peixoto nasceu a 4 de Setembro de 1974 em Galveias, Ponte de Sor. É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias traduzidas num vasto número de idiomas e estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, recebeu o Prémio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra no ano de 2007, tendo também sido incluído no programa Discover Great New Writers das livrarias norte-americanas Barnes & Noble. O seu romance Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha em 2007. Em 2008, recebeu o Prémio de Poesia Daniel Faria com o livro Gaveta de Papéis. Os seus romances estão publicados na Finlândia, Holanda, no Brasil, nos Estados Unidos, entre outros países, estando traduzidos num total de dezoito idiomas.
Sinopse:
Eu já aqui falei antes de José Luis Peixoto, mas nunca é demais falar de um génio e, mais ainda, de um génio português. José Luis Peixoto nasceu em 1974, em Galveias, Ponte de Sôr, no coração do Alentejo. Ganhou vários prémios ao longo da sua carreira literária e é reconhecido como um dos maiores e melhores jovens escritores da actualidade na Europa. Depois desta ligeira apresentação, ligeira sim, porque muito mais havia a dizer, vou falar da sua escrita e do que me diz a sua escrita. Não vou falar de nenhum destes livros em especial, já copiei para baixo de cada capa a sinopse, vou falar de todos.
Há muito que me tornei uma seguidora fiel da escrita de Jose Luis Peixoto. Verdadeiramente desde o primeiro livro que li (cal) que nunca mais deixei de procurar os seus livros e devorá-los, sim é mesmo essa a palavra, devorá-los. Desejar que o sono não venha para poder terminar, fazer noitadas e acordar de olhos inchados. Chorar. Rir. Imaginar os mundos que ele descreve, entrar dentro das personagens que ele cria. Tentar entrar um pouco no riquissimo mundo interior do escritor.
Recomendo vivamente que adquiram os livros ou que vão a uma biblioteca buscar. Deliciem-se, aprendam, aproveitem. Ficarão mais ricos depois de cada palavra. Ficarão mais sábios.
Morreste-me, texto que deu a conhecer o jovem escritor José Luís Peixoto, é uma obra intensa, avassaladora e comovente: é o relato da morte do pai, o relato do luto, e ao mesmo tempo uma homenagem, uma memória redentora.
Um livro de culto há muito tempo indisponível no mercado português.
Terminei mais um livro de um dos meus autores preferidos de todos os tempos: José Luis Peixoto. Este livro, Cemitério de Pianos, é talvez uma das melhores obras do José Luis peixoto na minha opinião. Conta a história de uma familia igual a tantas outras e no entanto diferente de tantas outras familias, unica, fala das suas dores, dos seus problemas familiares, dos sentimentos, dos anseios e angustias. Conta de forma simples mas sem duvida maravilhosa o que se passa dentro de cada uma destas personagens. Consegue com a sua escrita transportar-nos para dentro do livro. É tão verdade isto, que durante toda a leitura eu visualizei as pessoas, as casas, os vestidos, os objectos, as ruas, foi como se estivesse lá. Recomendo vivamente a leitura deste livro tão belo, tão humano, tão cheio de sentimento.
sinopse
Numa Lisboa sem tempo, entre Benfica e o centro, nascem, vivem, sonham, amam, casam, trabalham e morrem as personagens deste livro. No ventre de uma oficina de carpintaria aninha-se o cemitério de pianos, instrumentos cujo mecanismo, à semelhança dos seres que os rodeiam, não está morto, encontrando-se antes suspenso entre vidas. Exílio voluntário onde se reflecte, se faz amor, lugar de leituras clandestinas, espaço recatado de adúlteros, pátio de brincadeiras infantis e confessionário de mortos, é o espaço onde se encadeiam gerações.
Os narradores – pai e filho –, em tempos diferentes, que se sobrepõem por vezes, desvendam a história da família, numa linguagem intercalada de sombras e luz, de silêncio e riso, de medo e esperança, de culpa e perdão. Contam-nos histórias de amor, urgentes e inevitáveis, pungentes, nas quais se lê abandono, violência doméstica e faltas nem sempre redimidas que, no entanto, acabam por ser resgatadas pelo poder esmagador da ternura e dos afectos. Falam-nos de morte, não para indicar o fim, mas a renovação, o elo entre as gerações e a continuação: o pai – relação entre dois Franciscos, iguais no nome e no destino, por um gerado, do outro genitor – nasce no dia da morte desse primeiro Lázaro; o filho, neto do seu homónimo, morre no dia em que a sua mulher dá à luz.
José Luís Peixoto oferece-nos um texto mágico, no qual se cruzam, numa interacção fluida, diálogos cúmplices com a grande tradição da literatura portuguesa e universal
imagem retirada da net
Está tudo dito ali em baixo sobre o livro. Tudo o que eu disser será na mesma linha de pensamento. Só me resta recomendar vivamente o livro e o autor, de quem sou fã incondicional! Creio que é um dos escritores que entrou na minha vida e jamais sairá, porque adoro a forma como escreve, como se mostra. Adoro a sua sensibilidade, a sua forma de retratar o mundo, as pessoas e os seus mundos interiores.
E agora, José Luis Peixoto, se por qualquer motivo tropeçares neste blog e neste post, gostaria que soubesses que tens aqui uma admiradora dos teus livros, da tua alma, de ti inteiro! Incondicionalmente!
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi