Primeiro tivemos que a experimentar...
Depois é que tratamos de a montar. E foi ai que percebemos o grande (pequeno neste caso!) problema que tínhamos em mãos...
foto cláudia moreira, moi même
Eu ao comprar a tenda fui optimista (demasiado) e achei que caberíamos ali. Vi as medidas e achei que sim, que caberíamos. Claro que (como tão bem se vê na foto...ou não por ser tão pequena:)) ficamos todos com os pés de fora! E convenhamos que essa não era de todo a maneira mais agradável de se dormir. Mesmo no campismo! Mesmo com o calor infernal que estava! E por causa do calor que estava a população de insectos da área era realmente... muito grande! Resolvemos então ir dormir para o carro. Afinal o carro tem bancos e tecto e lá poderíamos ficar bem. Ai engano meu, engano meu...! O calor obrigou-nos a dormir com as janelas abertas. Eu confesso que isso não me agradou muito por isso deixei apenas umas frestas. Já nos estava a imaginar a abafar. Mesmo assim não se podia com o calor e suávamos todos em bica. Eu estava sempre a abrir e a fechar as janelas. Depois o sono teimava em não aparecer. Depois a Ana adormeceu mas o André não conseguia dormir. Vimos vídeos de rir no pc, eu li quase cem páginas á luz da lanterna e depois desisti. O André jogou um jogo qualquer no telemóvel e eu tentei dormir.
Era já tarde quando fui acordada por pingas grossas na cara que entravam pela fresta da janela. Estava a chover! Ao longe um clarão seguido do ribombar de um trovão. Mal podia acreditar que com tantos dias para chover, fosse chover precisamente naquele momento! A seguir aquele mais um relâmpago e depois outro e outro e outro. O céu parecia açoitado pela luz dos relâmpagos. Pela janela viam-se as folhas das arvores molhadas pela chuva a brilharem com a luz breve dos relâmpagos. O barulho da chuva nas folhas das arvores, no chão, no carro soava sinistro aquela hora da noite. Olhava pela janela e a escuridão era absoluta. Não conseguia de todo adormecer embora os olhos estivessem a doer. O calor era insuportável. A escuridão assustadora. A imaginação a voar, célere, a levar-me a ver no meio das árvores sombras sinistras e luzes suspeitas. E eu a tentar não imaginar como defender-nos de homens vestidos de negro, de carapuço na cabeça e que saem do meio das árvores molhadas trazendo laminas que brilham à luz do relâmpagos....
Durante horas a chuva regou a terra, lavou o carro e impediu os campistas de irem fazer qualquer necessidade fisiológica.
Depois adormeci um sono agitado até que o sol intenso me acordou. Ao longe já podia ouvir o barulho das crianças na piscina, as minhas também. A manhã tinha acordado completamente limpa e solarenga. E quente, muito quente. Da chuva apenas o chão ainda ensopado, as tendas molhadas e as toalhas molhadas no arame.
Claro que depois aproveitamos dia, mas agora que a noite chegou, estamos confortavelmente deitados nas nossas camas. E tão cedo desconfio que não há campismo para ninguém....:)
...que vos escrevo:)))
precisava mesmo de arejar. desligar da realidade malvada que me faz tão mal....
imagem retirada da net
Sim, sim, dias cheios de tanta coisa! Eu, os meus filhos e o meu irmão fomos aproveitar as ultimas férias com sol deste ano. Na semana que vem começa a escola e depois é trabalho e estudo a serio! Por isso metemos a tenda no carro, umas roupas, poucas, e comida, muita, e lá fomos sem destino! Já estavamos na auto-estrada quando decidimos ir para S. Pedro de Moel (S. Pedro das moelas, segundo o meu irmão). Eu não conhecia e por isso achei que era o sitio ideal para passar dois dias. A eles tanto fazia desde que o sitio em questão tivesse agua, muita agua!
O primeiro dia como era de esperar foi passado dentro de água, depois jantar e descobrir um pouco S. Pedro de Moel. O sitio é lindo, com a suas casinhas pitorescas, faixas pintadas de amarelo, azul ou vermelho, varandins de madeira e sardinheiras nas janelas. A praia, o mar, tudo tem uma certa magia naquele lugar. Só não gostei do promenor de não encontrar internet (só lá havia um computador, mas tão lento e tão caro que era impossivel) e não havia multibanco! Eu sei que deveria passar sem estas coisas, mas nos dias que correm faz tanta falta estar em contacto com o mundo, com os amigos...enfim...
No segundo dia choveu desalmadamente durante toda a tarde e à noite tambem! Agora imaginem o que se faz num dia de chuva com três miudos num parque de campismo! A tenda parecia rebentar a qualquer momento com todos lá dentro a zaragatear! Bem, eu quase dei em doida a separa-los, a manda-los calar! Jogamos ás cartas, contamos anedotas e fomos jogar bilhar para a sala de convivio. Fomos à Nazaré, mas com chuva não é nada convidativo, os maiorzinhos recusaram-se a sair do carro!
Adormecemos com a chuva a cair na lona da tenda, a ouvir a musica suave dos pinheiros que com o vento e a chuva balançavam cadenciadamente.
De manhã o sol brilhava de novo, estivemos na piscina ate a hora de sair do parque. Depois almoço em S. Pedro e café com uma amiga muito querida que mora perto! E o resto da tarde foi passada na piscina de agua salgada, que para além de cara tambem é fantastica. Os miudos aproveitaram muitissimo para nadar sem parar, o André e o Filipe saltaram das pranchas, o André seguramente mais de 100 vezes e eu aproveitei para praticar uma coisa que aprendi: nadar crawl! Eu sei nadar mal e ando a aperfeiçoar (um dia eu conto porquê).
E pronto, depois já estava na hora de vir embora, cansada, mas feliz, porque achei que passamos tres dias inteirinhos juntos, sem tv, sem pc, sem sms, e outras coisas que estão sempre a atrapalhar o bom convivio entre as familias. E agora temos mais uma semana para gastar...que eu espero seja gasta com muita praia, mesmo muita praia!
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi