(a foto venho cá colocar mais tarde)
O momento mais complicado foi sem duvida o momento em que tive que falar. Falei de improviso, apenas tendo em mente duas ou três coisas que gostava de dizer. Nunca em dia algum me achei capaz de o fazer. Eu mal me ouvi, mas sei que o nervosismo transpareceu na minha voz e sei que as minhas mãos não conseguiam estar quietas. Para disfarçar levei uma caneta na mão, além disso dá sempre um ar de intelectual!
Andei o dia todo com o estômago às voltas e mal consegui comer. A minha querida Helena e a sua boa disposição transbordante foi sem duvida quem apaziguou o nervosismo e me fez ter alguma confiança de que tudo iria correr bem. E correu!
Ataviada para a “guerra” lá fui eu para a biblioteca. A sala estava pronta à espera dos convidados. A minha família estava lá em peso e muitos amigos, alguns com quem eu até nem contava, o que foi uma óptima surpresa. Depois chegou a Dr.ª Marta, responsável pela biblioteca e logo depois a Sr.ª Vereadora da cultura, Dr.ª Elisa Ferraz. Nesta altura eu tremia por dentro e talvez por fora! Sentamo-nos todos e vi-me perante uma sala cheia e gente a olhar para mim, à espera de que eu falasse do motivo que os levara ali. A vereadora presenteou-me com palavras simpáticas de apoio, que eu agradeço muito e eu disse algumas palavras de agradecimento, contei um pouco da história do livro e tentei parecer à vontade e inteligente e segura. Não faço ideia se fui bem sucedida. Depois a Helena falou do fantástico projecto que é a Autores e sobre o livro. A ela tenho também que agradecer as palavras tão amáveis e simpáticas.
Depois a Rita e a Sandra, as minhas irmãs, leram poemas à escolha delas e foram muito aplaudidas. Falta saber se foram elas ou os poemas que tanto agradaram! Parece-me que foram elas!!
E por fim, o momento reservado a assinar os livros. Parecia mesmo coisa de filme, uma fila de pessoas com livros na mão e eu a assinar mais de meia centena de livros…
Por fim pude conviver com todos um pouco, menos do que seria desejável porque eram muitos amigos presentes, mas foi muito bom, muito mesmo. Ainda tive boas surpresas, pessoas com quem não contava que pudessem vir e vieram!
Os meus filhos estavam orgulhosos de mim o que foi sem duvida a cereja em cima do bolo, porque isso para mim vale mais do que tudo. Estiverem ali presentes, apoiando-me e mimando-me. São os melhores filhos do mundo, retribuindo o que eles me dizem muitas vezes, que sou a melhor mãe do mundo!
Estou feliz. Realizei um sonho e apresentação pública do livro foi sem duvida o desfecho perfeito para meses de ansiedade.
Obrigada a todos os que me ajudaram a tornar isto possível.
Alegría é o que desejo a todos neste fim-de-semana que agora começa! Espero que gostem deste pequeno presente para tornar mais belos estes dias:-)
Beijinhos e abraços!
imagem retirada da net
A sala enche-se de luz e cor, aos pouco tudo toma o seu lugar. As toalhas e organzas nas mesas, em cima pratos, talheres, velas e flores. Na hora os noivos entram, belos, felizes, deslumbrados. Um sorriso rasgado mostra toda a esperança que depositam no futuro. Na hora de partir o bolo os noivos brilham de felicidade. Juntos entram na sala debaixo das luzes trémulas das tochas, a musica envolve todos os presentes na magia do momento. Param perante o bolo de noiva. Vem com toda a inocência de quem não sabe o que o futuro lhes reserva, mas também de quem traz todas as esperanças do mundo no companheiro. O brilho do momento ofusca tudo e todos. Os noivos estão ali, perante todos, a mostrar que se querem e que querem ser felizes um com o outro. Olham-se nos olhos e o brilho é intenso, e sabemos que não é apenas o tremeluzir das chamas. É o brilho da esperança, da ilusão, da felicidade, do amor.
Já vi alguns nos últimos dias e é sempre neste momento que fico com um aperto no peito. Também eu já me casei. Não com este glamour, mas com estas esperanças, esta ilusão no amor. E afinal, não durou para sempre. O que sinto agora no momento em que vejo estes casais é um paradoxo. Um misto de alegria e tristeza. Desejo que sejam muito felizes, mas nunca deixo de pensar que começam ali a traçar um caminho de amarguras….Eu sei, sou eu que estou amarga. Sou eu a desiludida e há aí muitas pessoas que continuam casadas e felizes.
É também nesse momento que sinto a falta de um carinho de alguém que goste de mim. É nesse pequeno grande momento que sinto que queria alguém que me olhasse nos olhos e derramasse em mim toda a ternura do mundo. Que me enlaçasse pela cintura e me protegesse das angustias da vida. Nesses momentos sinto uma dor fininha que atravessa o meu corpo de alto a baixo, um aperto no peito, os olhos ficam humedecidos. É apenas um momento, uma fracção de segundo mas devastadora…
Felizmente, há tanto que fazer que no momento seguinte já não há tempo para divagar, quase nem dá tempo para respirar, quanto mais divagar…
E ainda bem, porque não suportaria viver sempre com estes pensamentos…
Magnólia em divagações
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi