Pensei em responder aos comentários que me deixaram um a um, sobre o post anterior. Depois pensei e achei melhor faze-lo desta forma, menos pessoal, mas mais completa. O assunto é complexo. Mexe comigo. Magoa-me. Nem sei bem porque escrevi aquele post, mas de repente fazia todo o sentido mostrar ao mundo a falta que me faz ser uma pessoa normal, ter pai a quem abraçar, a quem amar. Alguns dizem que devo tomar eu a iniciativa....não seria má ideia com outra pessoa qualquer. Mas com o meu pai não faz sentido. Eu nem sei bem o que sente, não sei o que pensa. Impede as pessoas de se chegarem. Não sabe ser amado, não sabe amar. Não sei sequer se ama. Nunca ele abriu a boca para dizer amo-te a outro ser humano. Se nos ouve falar dessas coisas abana a cabeça em sinal de desaprovação. Os netos gostam dele, mas temem-no.
Eu sempre tive medo....
Medo.
Sei que alguns pensarão que exagero. Não exagero. Não é agora hora de aprofundar a questão, mas não é exagero. Há muitos anos que perdi a esperança de termos uma relação normal de pai filha. Mas não é por isso que a dorzinha desapareceu. Ela continua cá, viva, talvez mais viva que nunca...
Dói.
Mas sei que alguem que não conhece o poder do afecto não poderá nunca aceitá-lo. Infelizmente, tenho que continuar conformada. Às vezes estes sentimentos saiem do armário sem ordem, tornam-se desobedientes. Vou agora lá mete-los de novo, que é onde devem permanecer.
Para sempre.
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi