Lembro-me de colocar o sapatinho debaixo da árvore e de esperar tão ansiosamente pela manhã do dia 25 de Dezembro que mal conseguia adormecer. Na minha casa não havia pai natal, era o menino Jesus que nos trazia prendinhas se nos portássemos bem durante o ano inteiro. O menino estava atento e na madrugada do dia de Natal, deixava debaixo da árvore os presentinhos tão aguardados. Fui filha única durante 6 anos, depois as manas foram chegando e a alegria triplicou! Durante algum tempo éramos três a acordar por voltas das três da manhã, ainda nem os galos tinham cantado, correr para o pinheiro e abrir presentes e comer chocolates! Era certo que também a essa hora os meus pais deixavam de poder dormir, porque íamos as três experimentar panelinhas e bonequinhas para cima da cama deles. As vezes ainda dormíamos um bocadinho mais, outras nem por isso.
No dia 25 tínhamos sempre uma roupinha nova para estrear e íamos todas à missa do dia como se fosse Domingo. O presépio da igreja desviava-me sempre a atenção de tudo o resto, o menino Jesus, os seu pais, as ovelhinhas, o lago com água em movimento. Era tudo tão bonito! Depois do tradicional beijo no menino Jesus, que o padre limpava cerimoniosamente depois de cada beijo, íamos para casa tomar o pequeno-almoço onde não faltavam os bolinhos de cenoura, sonhos e pão-de-ló.
Naquele dia a velha televisão passava filmes de Natal onde a magia do Natal era rainha e nos fazia sonhar. Depois vinha a noite e íamos dormir e nessa noite já sonhávamos com o próximo Natal…
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi