imagem retirada da net
O fim de tarde, mais uma vez pintado em tons de cinza
Recebe-me ventoso e frio. Sei que o sol está lá
Mas não o vejo, apenas o adivinho perdido entre as nuvens
As gaivotas amontoam-se na areia molhada pelas ondas
Que quebram na areia, coberta de pequenas conchas e búzios
Saltitam e soltam gritinhos estridentes e incessantes
É sinal de tormenta em alto mar…
Se no meu coração morassem gaivotas
Também estariam todas no areal
Porque dentro de mim existem mares de lágrimas
E soluços capazes de desencadear tsunamis
E no vazio do meu peito o ar corre, veloz
E destrói à sua passagem o que ainda resta de nós
E dos sonhos que sonhei algures no passado…
Aos poucos, com a passagem do tempo
A tormenta há-de acalmar e as águas hão-de serenar
E então, depois desse dia
Dentro de mim as gaivotas voltarão a cruzar os céus
E de asas abertas, irão planar em liberdade, sem pressa
O sol brilhará alto no céu e nos meus lábios
Desenhar-se-á, por fim, um sorriso cálido de Verão…
Cláudia Moreira
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi