Falar sobre tudo e mais alguma coisa
Terça-feira, 19 de Julho de 2011
Às vezes fico triste...

 

 

...por pensar que nunca terei tempo de ler isto tudo...



publicado por magnolia às 14:55
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Segunda-feira, 18 de Julho de 2011
Back to work

 

 

 

 

 

Só queria dizer que afinal, ADORO tardes ventosas na praia.... pfffffffffff



publicado por magnolia às 13:27
link do post | comentar | ver comentários (7) | favorito

Domingo, 17 de Julho de 2011
O Óscar disse...

 

 

"Behind joy and laughter there may be a temperament, coarse, hard and callous. But behind sorrow there is always sorrow. Pain, unlike pleasure, wears no mask."

 

óscar wild



publicado por magnolia às 21:37
link do post | comentar | favorito

Matilde

ou

 

Para onde nos leva este caminho?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A primeira coisa que sentiu foi algo a partir, como um vidro a cair no chão. Depois, cada pedaço afiado do coração partido entrou na carne do seu peito e a dor espalhou-se rapidamente pelo resto do corpo.

 

Eles continuavam abraçados. De onde estava podia perfeitamente ver a forma íntima como ele a abraçava, rendido, em busca de protecção. Os braços dele em volta dos braços dela, o rosto dele no ombro dela, enterrado nos seus cabelos loiros. Se se esforçasse um pouco, ela poderia perfeitamente imaginar que ele estaria a apreciar o cheiro a camomila do champô dela e a sentir na pele do rosto a maciez dos seus fios dourados.

 

O abraço demorou um tempo infinito. E durante todo esse tempo as lascas afiadas foram-se enterrando mais e mais fundo em cada músculo, nos pulmões, no diafragma e por fim raspavam-lhe já o esterno e as costelas. Se Matilde continuasse ali a olhar, em breve as pontas afiadas do coração partido furariam a pele e ficariam à vista. Não seria bonito de se ver.

 

Gostava dele. Gostava muito dele. Matilde fechou os olhos e mordeu o lábio inferior. Recolheu a sua mente até ao mais profundo de si e tentou não chorar. Não podia chorar ali em frente ao homem que lhe enchia os pensamentos de dia e os sonhos de noite. Desejou poder derreter e fundir-se com a terra, desaparecer no solo para sempre. Em vez disso, sentia cada célula do seu corpo pulsar ao ritmo do seu coração.       

 

Matilde fez um esforço para abrir os olhos e enfrentar a realidade. Afinal o tempo tinha sido misericordioso com ela e não estava estagnado e eles já não estavam no seu campo de visão. Aproveitou o momento para se levantar e sair. Precisava de ar. A sala estava cheia de gente e não foi fácil desviar-se dos grupos animados e barulhentos que conversavam e riam. As conversas misturavam-se com o fumo dos cigarros. As mãos seguravam copos cheios de bebidas coloridas. A festa estava, talvez, no seu auge. Alguns amigos olharam-na como se estivesse doente, mas Matilde não se deteve a explicar. Chegou à porta da rua com as pernas a tremer, as mãos não queriam obedecer e só a custo a conseguiu abrir. Depois e só já no elevador se permitiu respirar. No espelho que cobria toda uma das paredes do elevador viu reflectida uma mulher profundamente magoada. Desejou não ser essa mulher.

 

 

 

(...)

 

texto inédito

de Cláudia Moreira


tags:

publicado por magnolia às 04:16
link do post | comentar | favorito

Sábado, 16 de Julho de 2011
Cinza

 

 

foto retirada da net 

 

 

 

 

Sento-me para escrever. Ainda não sei bem sobre o quê, mas preciso de o fazer. Sinto-me sufocar. Sinto-me perdida. Tudo é cinza à minha volta. E dentro de mim, cinza, cinza. Dentro de mim, mais do que noutro lugar o cinza cobre tudo, como o pó cobre os móveis em casas abandonadas durante anos e anos...

A sua opacidade deixa-me presa num turbilhão de sentimentos contraditórios. Ora me sinto protegida de olhares indiscretos, ora me sinto sozinha e invisivel para a espécie humana. Estou sozinha. Volto-me e não vejo ninguém. Nunca vejo ninguém. Nada. Apenas o nevoeiro cinza que tudo cobre.  

Caminho durante muitas horas e nada mais vejo do que o cinza. Para onde estou a ir? Existe um lugar para onde ir? Por onde estou a ir? Há caminho debaixo dos meus pés? Onde me leva? A terra firme ou estarei a um passo do abismo? Há céu acima de mim? Estarão outros perdidos como eu por aí? Será isto terra de ninguém? O fim da humanidade? Será isto o limbo? Terei já abandonado a vida?

 

O sol. Tenho saudades do sol. E de sorrisos. E das árvores verdes. Tenho saudades de lagos azuis. Tenho saudades de laranjas. E de morangos vermelhos. Tenho saudades de margaridas brancas. E também das madressilvas pérolas. Tenho saudades da terra e do fogo e da água e do ar. Tenho saudades da lua. Tenho saudades da vida. Tenho saudades de ti. 

 

 



publicado por magnolia às 16:12
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Sexta-feira, 15 de Julho de 2011
Os Corvos de Avalon - Marion Zimmer Bradley

 

 

A literatura fantástica nunca foi a minha preferida e continua a não ser. No entanto, este livro mistura a fantasia com a história e isso agrada-me! Este livro conta a história da Rainha Guerreira, Boudica. Eu gosto muito da cultura celta e através deste livro pude ficar a conhecer um pouco mais sobre eles e algumas das personagens importantes da sua história.

 

Não digo que voltasse a ler o livro, como digo com outros, mas não foram horas desperdiçadas. Só me custa a decorar os nomes das personagens: Boudica, Ardanos, Lhiannon, Prasutagus, entre muitos e muitos outros! E o os nomes dos romanos também não lhes fica atrás!!:)

 

 

 

Sinopse
No centro de Os Corvos de Avalon está a conquista romana da Bretanha e a rebelião conduzida pela Rainha Boudica, a guerreira celta, e por Lhiannon, a sua jovem mentora na ilha dos Druidas. 
Quando o exército do Império conquistou o reino Iceno, no século I D.C., Lihannon enfrentou-o enquanto Boudica acabou por se casar com Prasutagus, o Rei Supremo dos Icenos que governou como rei cliente de Roma. Boudicca e Presutagus viveram felizes até à morte deste, um acontecimento que mudou para sempre a vida daquela que se viria a tornar a Rainha Guerreira. Com a morte a morte do marido, as terras Icenas foram definitivamente anexada ao Império, tendo Boudicca sido brutalizada e as filhas violadas. 
Cheia de raiva e espírito de vingança, Boudica apela às tribos britãs e conduz o seu povo na resistência contra os exércitos ocupantes de Roma. Apesar do insucesso da rebelião, Lhiannon sobrevive e torna-se guardiã das tradições druidas na nova Bretanha Romana, como alta sacerdotisa da Casa da Floresta. Repleto de notáveis personagens femininas, que sempre habitaram a mítica ilha de Avalon, esta tão aguardada obra, que antecede A Casa da Floresta, é um portentoso épico que expande a saga lendária que encantou milhões de leitores por todo o mundo.


publicado por magnolia às 13:46
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Quinta-feira, 14 de Julho de 2011
Que bom...

 

 

 

 

 

 ...esplanadar ao pôr-do-sol ao som disto...

 

 



publicado por magnolia às 20:59
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 13 de Julho de 2011
Importante

Por falar no vento...

 

 

 



publicado por magnolia às 20:24
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Não, não venho falar da Moody's!

 

 

Venho falar de uma missão especial em que participei este Domingo: Missão Dragão!

 


 

O dia começou muito cedo. Ainda o sol não tinha nascido e as discotecas não tinham fechado! A minha primeira paragem foi na casa do N. depois apanhamos o M. e só depois nos juntamo a mais alguns elementos do grupo que nos esperava em Esposende. Dali até Braga foi um pulinho e aí sim, estavamos todos, prontos e cheios de vontade de partir.

 

O destino era o Gerês. Quem não sabe o que é o Gerês eu digo: é a Serra mais bonita de Portugal e arredores! Lá, abandonamos a viaturas num determinado ponto e pusemos as mochilas às costas. Destino: Poço Azul. 

 

Sempre que vou ao Gerês sinto um deslumbramento sem igual. As paisagens são tão belas que quase me tiram o folêgo! Se o sinto indo de carro e parando nos locais mais turisticos, imaginem como o senti embrenhando-me em plena serra! As paisagens são assombrosas! As montanhas são senhoras gigantes vestidas de verde fulgurante ou de cinza rocha, mas sempre belas. O seu tamanho impõe respeito, mas não medo. Não somos capazes de tirar os olhos delas por muito tempo. A água corre aqui e ali e só apetece saltar de pedra em pedra como crianças traquinas.

 

 

 

Algum tempo depois de paisagens de cortar a respiração chegamos ao destino, o Poço Azul. Na verdade a água era verde, mas há quem jure que tem certos dias em que a água é azul.  Eu cá acredito, num lugar mágico como aquele, tudo é possível!

 

Um banho rápido que as águas limpidas pecam por geladas, e um pouco de sol. Um lanche, também foi tempo de lanchar, que isto de caminhar abre bem o apetite!

 

Depois do Poço Azul continumos a nossa caminhada. Subimos a montanha como quem sobe escadas, pedra a pedra, degrau a degrau. Cada passo mais perto do céu. Mais perto do céu, (ainda) mais bela a paisagem. Nalguns momentos notei o silêncio de quem aprecia mais uma obra fantástica do Grande Arquitecto.

 


 

No final da descidida dificil, mas prazeirosa, o rio esperava-nos com as suas águas critalinas. Não resisti à tentação de tirar as botas e as meias e de deixar que a água me acrainhasse os pés cansados. Era hora de comer e repôr as energias dispendidas. Em breve seria hora de regressar...

 

Um par de horas depois estavamos a chegar aos carros. Era hora de voltar a casa... Ninguém parecia querer regressar. Nos olhares notava-se já a saudade e a vontade de repetir. 

 

 

 

 

Terminamos o dia fantástico com uma noite igualmente fantástica na casa do C., um dos companheiros de viagem. O jantar não estava previsto e por isso foi ainda melhor! Boa companhia e boa comida! E como estavamos em casa de um peregrino ainda tivemos direito a chupitos!! 

 

Conclusão da missão: ao Dragão não lhe pus a vista em cima mas tive um dia excelente, excelente, excelente, na companhia de velhos e novos amigos, por isso só posso dizer que a missão foi concluida com exito!




publicado por magnolia às 00:05
link do post | comentar | ver comentários (8) | favorito

Sexta-feira, 8 de Julho de 2011
Abraço

 

 

 

 

Re-post...ing.

 

 

 

Aquele abraço durou apenas o tempo de um abraço. Mas nesse tempo coube muito mais do que um abraço onde quatro braços envolvem dois corpos. Couberam sorrisos ansiosos, esperançosos e perguntas, tantas. Couberam sentimentos que nem tínhamos sonhado que pudéssemos sentir. Coube um tempo infinito, como se tivéssemos existido sempre, sempre assim.

 

Depois, mais tarde, percebi que parte de mim tinha ficado ainda dentro desse abraço.

 

Caminhei lentamente pelas ruas da cidade adormecida e senti a tristeza invadir-me a pele, os olhos, os cabelos, todas as células do meu corpo, como se fosse tristeza líquida a entranhar-se dentro do meu corpo, avançando até ao mais profundo e misterioso da minha alma. O sol, que apenas ameaçava aparecer, estava frio. Era um sol frio numa manhã fria.

 

Tive saudades e uma lágrima teimosa a querer descer pela minha cara. Não deixei. Impedi-lhe o caminho mal assomou aos meus olhos. Corajosamente sorri e deixei-me levar pelos meus passos. Sem destino. Não havia para onde quisesse ir.

 

Mais tarde, fui despedir-me da cidade. Também para mim era hora de partir. No ar pareceu-me ainda sentir o seu cheiro doce e olhando o céu deixei-me perder na lembrança do profundo azul dos seus olhos. No chão pisado milhares e milhares de vezes vi os seus passos que o levaram para longe de mim. A cidade passou a existir porque ele existiu dentro dela.

 

texto inédito, cláudia moreira

 



publicado por magnolia às 16:05
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

...e mais ainda...
Cláudia Moreira

Cria o teu cartão de visita
Março 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30
31


Ideias recentes

Entrudo

Fábula

primavera

música, da boa.

poema simples

A invenção do Amor

we all do have some nost...

manhãs

poema simples

That 'cause sometimes I t...

breve história de uma árv...

O Humor dos outros.

2013 - os livros que li, ...

Feliz Ano Novo!

Porque os livros (também)...

2013 - os livros que li, ...

That 'cause I think of my...

Estes já têm lugar na min...

Quem se lembra?

2013 - os livros que li, ...

Ideias antigas

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Julho 2007

Junho 2007

Março 2007

Março 2006

tags

todas as tags

links
Procuras alguma ideia em especial?
 
Ideias em pelicula
blogs SAPO
subscrever feeds
Em destaque no SAPO Blogs
pub