Amor e ódio! Eu sei que são sentimentos diametralmente opostos, mas foi isso mais ou menos isso que fui sentindo ao ler o livro. Talvez não ódio a sério, que é um sentimento demasiado negro, mas uma dor visceral, uma enorme revolta e indignação! É verdade que gostei muito, muito do livro e que aprendi imenso sobre a história de Barcelona e de Espanha, mas senti tudo o que li profundamente e mexeu-me com os nervos. A história da humanidade tem coisas maravilhosas, mas também tem coisas das quais deveríamos ter vergonha. É insuportável pensar na forma absolutamente degradante e injusta como foram tratadas as mulheres e os pobres no passado. É horrível pensar que em pleno Sec XXI ainda fazemos o mesmo, mas de forma velada e hipócrita.
Leiam que vale muito a pena!!
sinopse
Século XIV. A cidade de Barcelona encontra-se no auge da prosperidade; cresceu até ao humilde bairro dos pescadores, cujos habitantes decidem construir, com o dinheiro de uns e o esforço de outros, o maior templo mariano conhecido: Santa Maria do Mar. Uma construção paralela à desditosa história de Arnau, um servo da terra que foge dos abusos do seu senhor feudal e que se refugia em Barcelona. Daqui se torna cidadão e, assim, num homem livre. O jovem Arnau trabalha como estivador, palafreneiro, soldado e cambista. Uma vida extenuante, sempre à sombra da Catedral do Mar, que o tirará da condição miserável de fugitivo para lhe dar nobreza e riqueza. Mas com esta posição privilegiada chega também a inveja dos seus pares, que tramam uma sórdida conspiração que põe a sua vida nas mãos da Inquisição... Lealdade e vingança, traição e amor, guerra e peste, num mundo marcado pela intolerância religiosa, a ambição material e a segregação social. Um romance absorvente, mas também uma fascinante e ambiciosa recreação das luzes e sombras do mundo feudal.
Gosto de livros assim, simples e desempoeirados. Gosto de livros que falam de gente normal, como eu, como nós. Gosto de livros onde consigo entrar dentro da personagem, viver com ela, sentir o que ela sente. Este foi assim. Voltava a ler sem qualquer cansaço.
roubado daqui
...e apesar de saber de antemão que não podia ter uma grande esperança na coisa, não consigo deixar de ficar um pouco tristinha...
vá, eu e os restantes 939 candidatos que também não foram escolhidos...
Hoje despedi-me de um lugar que fez parte de mim a vida inteira. Um lugar que me viu crescer. Um lugar que me viu aprender a andar, cair e levantar, ser menina, ir à escola, crescer mais ainda, ser mulher. Um lugar com o sabor do sol de verão. Um lugar com a textura de uma pétala de rosa humedecida pelo orvalho da Primavera. Um lugar com o sabor dos figos comidos em cima da figueira, no Outono e o calor imensamente agradável de um fogão de lenha sempre aceso, todos os dias em que cheguei da escola, molhada pela chuva gelada de Inverno. O lugar mais ternurento do mundo, a casa da minha avó.
Despedi-me deste lugar com o coração apertado pela saudade da voz tranquila da minha avó materna, da saudade das suas mãos de costureira que amassavam a massa para a boroa, que depois comíamos quente com manteiga a derreter. Já sabia que um dia teria que ser, mas só no momento se sente com rigor a dor das partidas…
Há quase três anos que nos deixou na saudade e parece que foi há tanto tempo… Faz tanta falta o seu carinho, a sua voz que nunca se elevava, a sua sopa de feijão rajado, o doce de tomate feito pelas suas mãos em tardes de inverno. Faz tanta falta o silencio daquela casa nas longas tardes de verão, do tic-tac do relógio no quarto quando ainda era obrigada a dormir a sesta. Faz-me falta o seu profundo olhar azul a dizer-me gosto de ti, em silêncio. Faz-me falta a minha querida avó.
Fechei as portas atrás de mim, uma a uma e deixei em cada divisão a saudade, mas trouxe comigo muitas lembranças, todas as que fui capaz de agarrar. Trouxe sorrisos e gargalhadas, choros e tardes de sol. Trouxe primaveras e amêndoas da Páscoa. Trouxe ameixas e manhãs de chuva à janela. Trouxe dias de brincadeiras e bolo de laranja. Trouxe tantas lembranças boas que por momentos me encheram o coração de lágrimas de saudades e sorrisos de alegria.
Fechei a última porta com dificuldade. Aquele lugar vai passar a ser de outra pessoa. De outras pessoas. Outras crianças irão correr pela casa e pelo quintal. Outros pais irão passar ali tardes de Domingo ensolaradas. Outras visitas irão apreciar o ar tranquilo do bairro aldeão. Outras memórias habitarão aqueles corredores, aqueles quartos, aquelas árvores que entretanto serão velhas. Outras pessoas usarão a cozinha para fazer pratos deliciosos e talvez deitem fora o velho fogão de lenha…
Olhei para trás uma última vez e pude ver claramente o rosto sorridente da minha querida avó a olhar-me. A mão acenava-me devagar. Por fim, pareceu-me que uma pequena frase se formava na sua boca bonita: até um dia…
E depois eu sorri e o nó desfez-se então na minha garganta…
Texto escrito para a Fábrica de Histórias por Cláudia Moreira
Como está a ser dificil arranjar um novo part-time lembrei-me que poderia rentabilizar esse tempo e ao mesmo tempo ser útil a alguém. Por isso...
...informo a quem interessar que:
...se quer ir jantar fora ou sair à noite e não tem com quem deixar os seus meninos, venha falar comigo!
... se precisar de uma tarde de Domingo ou de Sábado só para si e não tem com quem deixar as crianças, venha falar comigo!
... se precisar de uns momentos ao fim do dia só para si mas a familia está longe e não tem com quem deixar os seus filhos, venha falar comigo!
... se os seus filhos precisam de ajuda nos T.P.C.** e sinceramente já não tem paciência (ou tempo) para tanto, venha falar comigo!
** Ensino Básico e Secundário
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Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi