No fim-de-semana, enquanto esperava que abrisse o sinal verde, vi uma coisa que me chocou:uma criança, talvez de uns 8 ou 9 anos, recusava-se a entrar num carro estacionado. O rapazinho dizia: "não vou porque me vais bater!" e hesitava em aproximar-se do carro. Depois o pai fez menção de se aproximar e o miudo entrou no carro para o banco de trás, de um carro sem portas atrás. E foi nesta altura que eu mal queria acreditar no que via. O pai cuspiu na cara da criança enquanto ele se sentava! Eu confesso que demorei para perceber o que tinha visto porque a imagem era demasiado irreal.
Meu Deus! Que pessoas são estas a quem é permitido conceber e trazer ao mundo crianças inocentes? Desde esse momento que a imagem não me sai da cabeça deixando-me absolutamente zangada por não poder fazer nada...
imagem retirada da net
Dançar e dançar e dançar aqui:
E foi tão bom, porque não dançava e não me divertia assim há bastante tempo:)))
E Domingo, depois de pôr o sono em dia claro está, e da praia claro está, fui ver este filme:
O filme é engraçado, cheio de piadas fáceis e expressões giras [ ( e ligeiramente obscenas!!!:) ] que só os espanhóis sabem dizer. Seja como for eu ainda não fiz o caminho, mas juraram-me a pés juntos que não é nada disto que se passa por lá! E eu acredito piamente:))
Obrigada meninas peregrinas pelo convite!
Costumo escrever aqui para a Fábrica de Histórias....mas a Fábrica está fechada para férias e não sei quando reabre. Mas eu tenho saudades das histórias e por isso e enquanto a Fábrica estiver fechada vou escrever outras coisas para matar o bichinho da escrita:) Hoje saiu assim.
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imagem retirada da net
O espelho reflectia uma mulher que de inicio não reconheci. Os cabelos negros e rebeldes emolduravam um rosto bonito de traços quase perfeitos. A boca entreaberta deixava ver uns dentes brancos e o nariz perfeito. Mas não foi a boca, nem os dentes nem o nariz, foram os olhos daquela mulher no espelho, tão límpidos e azuis que me hipnotizaram. O brilho intenso e quase eléctrico não deixava qualquer dúvida sobre a intensidade da alma que aquele corpo guardava lá dentro. A mulher desapertou um pouco o quimono leve que a envolvia e deixou antever a pele bronzeada e sorriu. Depois, como se fosse uma cena em câmara lenta de um filme antigo ela afastou o quimono dos ombros e deixou-o deslizar pelas costas nuas indo cair no chão inanimado. O corpo nu no espelho era ainda jovem e bonito. Formas voluptuosas mas firmes. Ancas largas e cintura fina e o peito cheio que oscilava com a respiração. Um segundo elemento entrou na imagem do espelho deixando ver o cabelo ondulado e ligeiramente comprido, os olhos grandes e o rosto forte de homem. Depois o espelho reflectiu apenas a mão que pousou suavemente no baixo-ventre da mulher. Depois o rosto sorriu por cima do ombro direito e olhou directamente nos olhos da mulher de boca carnuda e foi essa boca que retribuiu o sorriso oferecendo esse sorriso como se fosse um beijo. A boca desse rosto beijou o pescoço nu da mulher e muito suavemente envolveu-a nos seus braços finos, apertando-a na medida certa. Fiquei a olhar a imagem no espelho. As mãos que se tocaram, os dedos dele que se entrelaçaram nos dela para logo se afastarem deixando-os livres para tocarem outras partes do corpo da mulher. Estava quente como se fosse Agosto e pela janela reflectida no espelho atrás dos dois corpos podia ver-se uma noite clara e cheia de estrelas. Uma música suave parecia sair de dentro dos corpos nus enchendo o quarto. Uns dedos ansiosos tocaram o peito bonito da mulher do espelho e ela fechou os olhos.
Demorei apenas um segundo, breve e longo como o tempo corre veloz mas que no fundo se arrasta até sermos capazes de o enfrentar que percebi.
Não queria abrir os olhos. Cerrei-os ainda com mais força. Senti o frio do Inverno nos ossos e um arrepio percorreu-me a pele gasta dos braços e das pernas.
Abri os olhos.
No espelho eu estava sozinha. Ninguém me amava a pele através de dedos macios. O grosso roupão tapava um corpo que se adivinhava gasto. O rosto, outrora belo, era agora rugoso e sem brilho. Os olhos azuis estavam mortiços e os lábios cerrados num esgar.
Desapertei o roupão e entreabri apenas um pouco. Não me apetecia ver aquele corpo destruído pela idade. Os peitos sem vida, o estômago proeminente, a barriga flácida. O triângulo mais escuro no baixo-ventre já não era apetecível e as coxas agora mais fortes eram brancas como a neve.
Tapei-me rapidamente e olhei para trás de mim através do espelho. Estava escuro lá fora e a janela estava semi-aberta. As cortinas baloiçavam com o vento agreste de Novembro.
Tinha sido apenas uma ilusão momentânea. A juventude tinha sido apenas uma ilusão momentânea. Um sonho bonito que passou num pestanejar de olhos…
Uma lágrima solitária tombou pelo meu rosto e foi cair no chão, silenciosa.
Voltei-me e fui ao armário onde encontrei um grande lençol branco cujas traças tinham feitos alguns estragos ao longo dos anos. Tapei com ele o espelho. Não precisava de ver reflectidos todos os dias os destroços de mim mesma. Não precisava que um espelho gritasse sem compaixão a minha decrepitude.
Deixo-o estar assim coberto tanto tempo que um dia já nem me lembrava que tinha um espelho. Deixei-o estar assim coberto tanto tempo que um dia já nem me lembrava que um dia tinha sido jovem e bonita.
Cláudia Moreira
“É tarde! É tarde! É tarde até que arde! Ai, ai, meu Deus! Alô, adeus! É tarde, é tarde, é tarde!”.
Por vezes sinto-me o Coelho Branco, sempre a correr, a correr, a correr, sem tempo sequer para respirar, como se estivesse sempre atrasada para alguma coisa...
Fisicamente o temo passa sempre à mesma velocidade, mas para mim, e desconfio que para muita gente, parece passar mais depressa. As horas passam a correr, os dias sucedem-se rapidamente uns aos outros, os meses começam e acabam e mal se nota, os aniversários chegam demasiado depressa, os filhos tão depressa usam fraldas como já são mais altos que nós e dão beijos na boca....
Preciso de tempo. Preciso de tempo. Preciso de tempo. Parece ser a única coisa que nos últimos tempos desejo verdadeiramente: tempo. Tempo de qualidade para mim, para os meus, para pôr conversas em dia, para ver o pôr-do-sol, para ler, para rir, para fazer novas amizades, para cozinhar, para ir ao cinema, para passear sem destino, para dizer palermices, para ver museus, montras e patos nos lagos.....preciso de tempo para...VIVER.
É pedir muito???
A palavra de ordem do dia é: INSÓNIA
Alguma ideia fabulosa e não medicamentosa para me ajudar???
imagem retirada da net
Olhem só quem voltou!
Parece que há alguém em Lisboa que não gosta, definitivamente, da minha história do Bolo de Chocolate...
Fico triste que não goste mas não se pode agradar a todos, mas acima de tudo não entendo porque volta e porque comenta...
O livro e o filme
Gostei muito do livro e foi facilimo de o ler. Mesmo sendo um livro cheio de descrições de coisas que não existem na nossa realidade, foi fácil de seguir a imaginação do autor e "ver" as coisas que ele "viu". Não é por nada que este autor já ganhou imensos prémios e viu uma grande parte das suas obras passadas para o grande écran.
O filme é muito bom. É por assim dizer um dizer um dos grandes clássicos do cinema. O filme é de 1980 e tem como protagonista o nosso grande Jack Nickolson. Procurem-no e vejam-no porque vale a pena!
Resolvi ver o filme novamente para fazer as comparações entre as duas obras. Claro que tal como eu estava a espera não tem muito a ver uma coisa com a outra. O livro é muit(issim)o mais completo. As personagens têm caracteristicas diferentes e o final também é diferente. Curiosamente o SK usou uma fala do Jack Torrance do livro no filme.
"that's swell. I like you, Lloyd. I always liked you. You were always the best of 'em. Best god-damn bartender from Timbuktu to Portland, Maine – or Portland, Oregon, for that matter."
Uma coisa que talvez não tivesse grande importancia, mas usou. Chateia-me que os realizadores não respeitem a cor de cabelo das actrizes principais, mas pronto, isso é implicação minha!
Também aconselho a versão feita pelo MadMat Groening num episódio especial de Halloween desta obra! O Homer Jack Torrance Simpson está fantásctico!
Sinopse
Jack Torrance vê-se forçado a aceitar um trabalho como zelador de Inverno do Overlock, um enorme hotel nas montanhas do Colorado, um lugar que queda absolutamente isolado pela neve entre Novembro e Março. Embora a vida nestas condições de isolamento não pareça fácil, para Jack é uma oportunidade perfeita para reconquistar a sua mulher Wendy e o seu filho Danny, e para retomar o seu trabalho como escritor. Mas a família não está exactamente sozinha no Overlook. Os terríveis acontecimentos que sucederam no hotel no passado vão-se assenhorando lentamente do presente dos seus novos ocupantes até os levar a uma situação aterradora, da qual talvez nenhum deles possa escapar...
Andei às voltas a pensar o que fazer com este comentário que aí está em baixo. Primeiro pensei em responder, depois deixei-me estar quieta. Depois pensei em postar sobre isso, depois achei melhor não. Pensei em apagar e andar para a frente, depois mudei de ideias e resolvi escrever. Talvez não devesse dar importância e seguir em frente mas não consigo. Não consigo ignorar porque me custa pensar que alguém que não sei quem é me vem dizer que a minha história não presta. Com que direito? Será por acaso o supra sumo das histórias? Dos contos? Dos romances? Terá uma cátedra? Como é que alguém se dá a si próprio o direito de ser juiz do trabalho dos outros?
O que cada um escreve a si pertence e quem gosta lê, quem não gosta não lê. Custa-me, e não é só por mim mas por todos os que gostam de escrever, que as pessoas gostem tanto de criticar de uma forma destrutiva. Porque não fazê-lo de uma forma positiva? Ou então o silêncio. O silêncio é sempre melhor. Ninguém aqui pelos blogs anda a escrever para receber um prémio. É apenas uma forma de estar presente no mundo, de fazer amizades, de desabafar. Esta "porcaria" de história foi escrita por mim para o clube mammy, não foi para concorrer ao prémio José Saramago e eu não sou nenhum José luís Peixoto. Foi apenas uma brincadeira. Foi uma história inventada como tantas que inventamos para contar aos nossos filhos. Porquê a maldade do comentário? Dá para sentir a maldade no meio das palavras. E ainda puseram uma mãozinha para corroborar a ideia... Eu não vou desistir de escrever histórias, mesmo que até a mim me pareçam uma porcaria, mas outros talvez desistam e ninguém tem o direito de destruir os sonhos de ninguém!
Já agora falo de uma outra situação. Um comentário que me deixaram numa história que escrevi para a Fábrica em Setembro de 2009. Na história uma raposa morre. E no comentário sou severamente criticada. Também vão criticar Esopo, La Fontain, Florian, etc., ou só a mim porque ninguém me conhece? É que por norma são essas histórias onde se matam lobos e raposas e outros bichos que usamos para ensinar certas coisas aos nossos filhos...
...que me apetecia agora...
Imagem roubada a alguém na net. podia ser eu? podia, mas não ficaria tão bem na foto:P
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi