Falar sobre tudo e mais alguma coisa
Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009
Feliz Ano Novo!!!

 

 

Para todos os amigos, para todos os leitores, e para os não leitores, para quem está só de passagem, para quem gosta, para quem não gosta, para quem nunca ouviu falar de mim, para quem me atura todos os dias, para quem está doente, para quem não está, para quem se importa com esta data e para quem não se importa e para todas as formas de vida ao cimo da terra e até para o universo inteiro que não me ouve, um FELIZ ANO NOVO!!


sinto-me: :)

publicado por magnolia às 11:42
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Segunda-feira, 28 de Dezembro de 2009
Fiquei a pensar...

 

...que aqui não aparece nenhum autor português. E afinal, temos cá tanta coisa boa.

 


sinto-me: pensativa
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publicado por magnolia às 16:44
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Domingo, 27 de Dezembro de 2009
Sozinhos - Lisa Gardner

 


Para quem gosta do género policial esta é uma das melhores escritoras da actualidade. Eu gosto bastante de ler este género de livros quando preciso de me abstrair do mundo. Ou seja, quando preciso de me abstrair de mim mesma e dos meus problemas. Ler livros que me fazem pensar, que me angustiam só piora o meu estado de espirito, daí que a opção certa é uma leitura mais leve, mas absorvente, que me impeça de por umas horas pensar na vida.

Recomendo este e os outros da mesma autora.

 

 

 

 sinopse: ver aqui


sinto-me: assim assim

publicado por magnolia às 20:54
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Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009
Votos de ...

 

 

É o meu desejo sincero para todos neste Natal. E não importa se acreditam ou não em Jesus, no Pai Natal ou no significado do dia. Aproveitem para estar com a familia, para mimar os amigos, para serem um pouco felizes!

 

Um beijinho de chocolate:)


sinto-me: :)
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publicado por magnolia às 10:39
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Domingo, 20 de Dezembro de 2009
Lembram-se...

 ...disto??

Faz hoje  ano e eu não pude deixar de recordar um dos dias mais felizes da minha vida:)


sinto-me: :)

publicado por magnolia às 23:13
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Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009
jose luis peixoto

 

 

 

Eu já aqui falei antes de José Luis Peixoto, mas nunca é demais falar de um génio e, mais ainda, de um génio português. José Luis Peixoto nasceu em 1974, em Galveias, Ponte de Sôr, no coração do Alentejo. Ganhou vários prémios ao longo da sua carreira literária e é reconhecido como um dos maiores e melhores jovens escritores da actualidade na Europa. Depois desta ligeira apresentação, ligeira sim, porque muito mais havia a dizer, vou falar da sua escrita e do que me diz a sua escrita. Não vou falar de nenhum destes livros em especial, já copiei para baixo de cada capa a sinopse, vou falar de todos. 

Há muito que me tornei uma seguidora fiel da escrita de Jose Luis Peixoto. Verdadeiramente desde o primeiro livro que li (cal) que nunca mais deixei de procurar os seus livros e devorá-los, sim é mesmo essa a palavra, devorá-los. Desejar que o sono não venha para poder terminar, fazer noitadas e acordar de olhos inchados. Chorar. Rir. Imaginar os mundos que ele descreve, entrar dentro das personagens que ele cria. Tentar entrar um pouco no riquissimo mundo interior do escritor. 

Recomendo vivamente que adquiram os livros ou que vão a uma biblioteca buscar. Deliciem-se, aprendam, aproveitem. Ficarão mais ricos depois de cada palavra. Ficarão mais sábios. 

 

 

 

 

 

sinopse
Duas novelas escritas propositadamente para a Série Inéditos da Sábado do mais reconhecido autor da nova geração.

 

 

 

Morreste-me, texto que deu a conhecer o jovem escritor José Luís Peixoto, é uma obra intensa, avassaladora e comovente: é o relato da morte do pai, o relato do luto, e ao mesmo tempo uma homenagem, uma memória redentora.
Um livro de culto há muito tempo indisponível no mercado português.

 

 

sinopse
Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana; o velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro; os gémeos siameses Elias e Moisés, cuja terna comunhão se degrada no momento em que um deles se apaixona; ou o próprio Diabo. As suas personagens são universais, assim como a sua esperança face à dificuldade.«... a partir da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do mundo e no desastre final...»

 


sinto-me: :)

publicado por magnolia às 18:37
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Sexta-feira, 4 de Dezembro de 2009
Coisas Minhas

Costumo usar o blog Coisas Minhas para as histórias que escrevo para a Fábrica. Este mês não há desafios da Fábrica por isso vou postar alguns textos lvres que escrevi em momentos de mais ou menos inspiração... este que publico hoje já não é novo, mas é um texto que faz parte de um grupo de histórias que escrevi sobre a realidade da morte...um tema que me faz pensar bastante...


sinto-me: ...

publicado por magnolia às 11:09
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Lúcia

imagem retirada da net

 

 

Lúcia fechou os olhos com muita força, com tanta que ficou com os olhos a doer. Queria desesperadamente impedir-se de ver, era isso. Talvez assim o mal desaparecesse por si só, e ela não tivesse que o enfrentar. Estava encolhida, joelhos e queixo no peito, mãos em volta das pernas. Um frágil lençol cobria-lhe o corpo todo, mas não chegou para a esconder dele, do filho. Aquele que ela gerara e saíra de dentro do seu corpo.

- Onde está? – Gritou ele com voz de nojo.

Silencio.

- Onde está? Diz-me! Já!

Tirou-lhe o lençol de cima com violência deixando a descoberto um monte de ossos, envoltos num fino pijama de algodão cor-de-rosa.

- Diz-me! Tu sabes que preciso do dinheiro, carcaça velha!

Ela limitou-se a estender o braço e apontar para a caixa da costura debaixo da janela.

Ouviu-o abrir a caixa, tirar tudo para fora com violência desnecessária e por fim, como para se vingar de algo que ela não sabia bem o quê, dar um pontapé na pequena caixa de costura amarela.

Ouviu-o depois sair, batendo com a porta da frente. Não o vira sequer. Não tinha coragem de enfrentar aquele olhar de dor e de maldade. Seria possível ter sido ela a gerar aquele monstro?

A custo levantou-se e olhou o céu azul por entre as cortinas que dançava ao sabor do vento na janela aberta. Sentiu o estômago vazio. Doía-lhe já há vários dias. Agora não sabia sequer como iria comprar o jantar, o almoço do dia seguinte e todas as outras refeições que se seguiriam até voltar a receber a reforma. Sabia que na aldeia todos confiavam nela e de certeza que o Ti Zé da Venda lhe fiava as compras do mês, mas também sabia que quando lhe pagasse ficaria sem dinheiro para as contas, os remédios, a comida e para o apetite voraz por dinheiro do seu filho perdido no vicio das drogas.

Escondeu a cara nas mãos e tentou chorar, mas em vão. Estava esgotada. Seca. Já chorara demais por ele.

João nascera já ela ia adiantada na idade. Ficara viúva ainda ele gatinhava e desde então vivera exclusivamente para aquele filho. A infância correu bem, era bom aluno, amigo dela, na adolescência já as coisas correram pior. Cedo começou a fumar e a fugir à noite pela janela para sair com os amigos. Depois começou a fumar erva e por fim perdeu-se nas drogas duras. A escola ficou por acabar e não havia emprego que lhe servisse. Agora Lúcia não sabe do que vive aquele filho. Sabe que o dinheiro que ele leva de sua casa não chega matar os vícios. Imagina então, histórias rocambolescas, que talvez não o sejam assim tanto, sobre a forma como ele arranja dinheiro para os vícios, para as sandes de queijo e para as cervejas que bebe, umas a seguir às outras no café central.

Já eram três da manhã e Lúcia continuava às voltas na cama. Doía-lhe o estômago vazio. Levantou-se a custo e foi à cozinha em busca de uma chávena de chá. É triste ser velha e estar só. Também é triste ser jovem e estar só, mas a condição de velha recusa-nos os movimentos, tolhe-nos os pensamentos e acentua o sofrimento, a saudade. Pôs a água ao lume para que fervesse. Abriu o armário onde há mais de quarenta anos guarda o chá. Nada. Estava vazio. Apenas uma bolacha partida e perdida. De resto, nada. Nada. Um armário vazio, e outro e outro. A lata do café também estava vazia. Derrotada, Lúcia deixou os braços cair ao longo do corpo e um estrondo de metal no chão que poderia acordar a vizinhança ecoou no silêncio. Uma lágrima e outra e outra. Estranha esta vida. Tanta esperança depositada num futuro que se revelou vazio, triste, perdido, negro. Aquele filho a quem tanto amou era agora o responsável por todo o seu sofrimento, por tanta e tanta dor. Voltou a deitar-se com o estômago vazio e dorido e com alma mais dorida ainda. Adormeceu já o galo cantava e as pessoas passavam na rua para a missa primeira.

O dia passou igual a tantos outros, com a diferença que tinha fome e não sabia como arranjar dinheiro para comer. Não tinha família. Os amigos há muito que a tinham abandonado recriminando-a por ajudar aquele filho transviado. Não tinha a quem recorrer. As vezes o pároco ajudava-a, dando-lhe comida ou roupa. Mas ela tinha vergonha e agora evitava até de ir à missa. Sentia vergonha da sua condição de velha sozinha, de mãe frustrada, de mulher desamparada.

Ficou o dia todo entre o sofá e a cama, demasiado fraca para reagir. À noite teve novamente a visita do filho.

- Mãe. Preciso de mais. Estou desesperado.

- Eu não tenho mais…. - Lia-se nos olhos dela o medo.

- Mas eu preciso! Não sabes o que sinto! As dores! É insuportável!

- Mas eu não tenho….levaste tudo o que tinha… passei o dia sem comer….

- Não quero saber! Vai pedir! Tens que me ajudar! Como podes ver o teu filho assim, cheio de dores e nada fazeres? Como podes ser tão desumana?

Noutros tempos ela ficaria verdadeiramente indignada com palavras como estas. Como era possível que aquele filho por quem tudo fizera lhe dissesse semelhantes coisas? Como era possível que não visse que não tinha mais o que lhe dar? Que se esgotaram todas as possibilidades, todo o manancial? Mas o que mais lhe custava era saber que ele não se importava com ela, nem com o seu bem-estar. Nada. Não tinha sentimentos por ela. Era apenas um meio de conseguir dinheiro. Agora, que já ouvira as mesmas coisas vezes sem conta já não conseguia sentir nada… respondia mecanicamente para não enfurecer ainda mais aquele ser descontrolado pelas drogas e pelos maus tratos da vida.

- Dá-me mãe! Dá-me mãe!

- Não tenho filho, não tenho…

Estava encolhida num canto do sofá. Ele de pé, olhando-a do alto, assustou-a verdadeiramente. Viu nos olhos dele uma loucura que nunca tinha visto antes. Uma raiva incontrolável. Viu nos olhos do filho uma cegueira sem retorno.

- Eu preciso! Eu preciso!

Já não valia a pena responder. Já não havia sequer resposta. Ele voltou-se e olhou em volta. Abriu gavetas, derrubou vasos. Os gatinhos de porcelana caíram com estrondo no chão. Abriu portas de armários e tolhas de linho e naperons de crochet foram parar ao chão espezinhados. Nada ficou no lugar, nada ficou inteiro. A loucura ergueu o braço daquele filho e deixou-o cair no corpo da mãe. Uma vez e outra. Uma vez e outra. Um urro saiu-lhe da garganta. E ela, encolhida, magoada, dorida, humilhada, derrotada, caída no chão, assim ficou quando ele se foi embora, não tendo sequer o cuidado de fechar a porta atrás de si.

Lúcia fechou os olhos e decidiu morrer. Não valia a pena a vida. Para que? Que tinha ela na vida? Que poderiam significar aqueles dias iguais, uns atrás dos outros? Para que?

Fechou os olhos e sentiu a vida sair-lhe pelos poros, sentiu-se elevar e percebeu que estava no tecto. Já não lhe doía nada. “Que grande alivio” - pensou ela. Pena que as coisas estivessem todas destruídas. Não fazia mal. Já não serviriam para mais ninguém. João nem sequer voltaria a pôr os pés naquela casa. Eram coisas de velha, fosse como fosse. Ninguém hoje em dia quer coisas de velha.

Foi então que Lúcia reparou em si. Estava ali no chão, em posição fetal. Um fio de sangue escorria-lhe pela boca. Os olhos fechados. A roupa em desalinho. Os cabelos brancos despenteados faziam-na parecer ter mais de cem anos. Nunca antes se vira assim. Curiosamente, não era esta a imagem que o espelho costumava reflectir. Achou-se mais feia. No entanto, o seu rosto parecia ter sido tomado de uma estranha paz. Há quanto tempo estaria ali assim? O sangue tinha-se espalhado e estava agora a chegar à carpete de cor castanha. Não se notaria muito se alguém a quisesse levar e lavar. Ouviu um ruído de vozes que pareciam estranhar algo. Eram as vizinhas que viram a porta aberta e entravam de rompante e viam-na ali estendida no chão. Uma pôs a mão na boca e começou a chorar, a outra soltou um gritinho de horror. A mais expedita ajoelhou-se e pôs a mão em frente a minha boca na esperança que ainda respirasse. Virou-se para as outras e abanou a cabeça em sinal de negação.

- Isto foi coisas do João…- disse a Tia Rosa do canto, vizinha de porta que bem sabia o que era o João e no que andava metido.

Uma ambulância veio buscar o corpo de Lúcia. As vizinhas foram para suas casas e ela já não tinha mais nada a fazer ali, naquele silencio estranho de uma casa que ela já não habitava. Acabara-se tudo de vez. Depois, como nos filmes, fechou os olhos, deixou-se cair e desapareceu. Para sempre.

 

Fim

22 De Abril de 2009

Cláudia Moreira

  

 

 



publicado por magnolia às 10:42
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Quinta-feira, 3 de Dezembro de 2009
Do fim-de-semana II

 

 

 

...e acho que está tudo dito!!! :))


sinto-me: :)

publicado por magnolia às 15:15
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Sonhar è velocidade da luz!

Ela:

Quando for grande vou estar no Havai a participar num campeonato de surf e depois vão-me telefonar da América para ir participar numa competição de Hip-Hop e depois vão-me chamar daqui para participar numa competição de skate, mas eu vou ter de dizer que não posso porque estou muito ocupada a dançar B-boying!!

 


sinto-me: :)
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publicado por magnolia às 11:21
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...e mais ainda...
Cláudia Moreira

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