A B S O L U T A M E N T E F A N T A S T I C O !!!!!
o pavilhão atlantico estava cheio, delirante, vibrando com a intensidade e ernegia do grupo britanico! eu adorei!! repetia já hoje! dancei, cantei, vibrei, adorei!:)
Amazing!!
....história....
imagem retirada net
Queres saber uma coisa? Vou contar-te uma coisa ao ouvido. É Uma coisa que nunca contei a ninguém e por isso vou contá-la muito baixinho…Não quero que se perca por ai, que se espalhe na brisa do fim da tarde, que desapareça no azul do céu… E tu, tu vais passar a ser especial: vais ser um guardador de segredos…
Vou contar-te que um dia uma luz entrou na minha vida e cobriu tudo de uma cor dourada. E aqueceu a minha alma e fez de mim uma mulher feliz. No momento não sabia o que era. Não sabia quem era. Não vi. Não importava nada também. Senti. Apenas senti um calor que me fez querer abrir os braços e deixar-me cair para trás gozando esse raro momento… Depois, algo me tocou com dedos feitos de seda e com esses dedos feitos de seda percorreu todo o meu corpo, cada centímetro de pele, cada fio de cabelo, uma pálpebra, depois outra, os meus lábios entreabertos. As palmas das minhas mãos, o meu pescoço. Era a melhor sensação do mundo! À minha volta tudo desapareceu. Tinha a paz comigo, dentro do meu corpo, dentro da minha alma. Não sabia que a tinha porque nesse momento não conhecia a angustia nem a dor, nem a tristeza, nem a amargura, nem a injustiça, nem nada que fosse o mal. Estava feliz. Depois tornei-me leve e o meu corpo deixou de existir. Olhei as minhas mãos e os meus braços, ergui-os à minha frente e foi como se não me tivesse mexido. Estava livre do corpo. Era apenas uma imagem de mim mesma. Não precisei de ficar ali deitada naquela cama, não precisei de ficar fechada naquele quarto. Atravessei ao tecto e não senti nada. Lá fora as estrelas brilhavam mais do que nunca a lua era tão grande que mal cabia no céu. Avancei livremente, a uma grande velocidade sem pressa. O tempo deixou de existir. Dancei e fui a melhor bailarina do mundo ao som da melodia mais bela do mundo. Estava feliz.
Depois abri os olhos e ali estavas tu. Em carne e osso. Mais real que nunca. E senti a pele da tua mão na pele da minha mão e senti o teu olhar cuidando que nada me faltasse. Senti o calor do teu amor por mim. Senti que jamais me abandonarias. Senti que me beijavas e a magia do beijo transformou-me para sempre. Deixei de ser eu. Deixei de ser apenas eu. O meu eu desapareceu e deu lugar a um eu dentro do teu eu. Agora somos nós. Só nós. Sou eu em ti. Foi assim que descobri que mais nenhum dia seria dia sem te ter por perto, que mais nenhuma noite seria noite sem te ter por perto. Foi assim que descobri que jamais serei feliz sem que sejas meu. Foi assim que descobri que a minha vida nunca tinha feito sentido e passou a fazer. foi assim que descobri que nada mais me dava prazer do que te ter. Sentir-te. Sentir-te. Sentir-te perto de mim, colado a mim. Nada mais era preciso para estar em paz. Apenas saber que estavas ali. Comigo. Em mim. Para mim.
Queres saber uma coisa? Foi assim que descobri que estava apaixonada por ti. Foi assim que descobri o amor… nunca te disse isto…mas agora estava na hora de te contar…prometes guardar este segredo com carinho? Talvez eu tenha sorte e tu tenhas um segredo igual para me contar…
Texto de ficção escrito para a Fábrica das Histórias por Cláudia Moreira
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Rendi-me a ti
Tive mesmo que me render
Porque nada mais havia a fazer…
Rendi-me a ti
Caí aos teus pés prisioneira
Corpo e alma, eu toda, eu inteira…
Rendi-me a ti
Fui tonta e parva e tonta
Achei que para o amor eu estava pronta…
Rendi-me a ti
Rendi-me a ti para não mais sofrer
Porque estava cansada de assim viver
Da solidão que dói eu queria me defender
Livrar-me da dor que ser só encerra
Mas no amor luta-se mais que numa guerra
E a minha alma, depois magoada, caiu por terra
E tu.
E tu, chegaste um dia imponente e a minha alma arrasaste
E meu coração com o teu exército de indiferença calcaste
E de lama e sangue negro muito sujo o deixaste
Foste embora.
Depois foste embora sem nada dizer
Como se nem quisesses saber
Como se eu não importasse sequer
Rendi-me a ti
Por amor
Para nada
Para sofrer
Estou triste
E nada mais há a dizer…
...no fim-de-semana próximo...
...vamos a Lisboa:))
Estás pronta Raqueli?????????
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Tudo estava quieto, sossegado
Dentro do meu peito, apagado
Depois...não sei...
Algo passou
E me incendiou…
Tu...tu…
Talvez...não sei...
Sei que de repente
Tudo está diferente
Amor... será?
Não sei...não sei...
E nem quero saber
Quero apenas viver
Este momento preciso
Que chegou sem aviso…
Amor…será?
Não sei… não sei…
Mas penso que não
É apenas uma pequena paixão…
Amor…será?
Não…não…
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Vou partilhar alguns textos que escrevi nos ultimos meses... são todos pura ficção...
Ninguém falava de outra coisa na aldeia. Aqui e ali grupinhos murmuravam sobre o último acontecimento, como se falar alto pudesse acordar os mortos do seu sono eterno.
- A Mariana morreu! A Mariana atirou-se da ponte!
Ninguém queria acreditar que isso tivesse acontecido, ninguém conseguia compreender como tinha sido isso possível. Mas era a pura verdade. A Mariana estava morta. Tinham-na tirado do rio, mas já sem vida. O alarme foi dado de imediato por um pescador que estava por perto. Mas as águas negras do rio engoliram-na e só horas depois a conseguiram resgatar.
- Parece que o marido a apanhou com outro…
- Já se esperava isso há muito…
Há muito tempo que se falava dos amores de Mariana e António. O assunto era discutido na mercearia logo de manhã cedo, na taberna da Ti Maria ao fim da tarde, no talho do Sr. José, os cantoneiros que limpam as beiras de estrada, todos falavam do que se passava.
- A mariana e António eram amantes…
- Não deve ser verdade mulher.
- Diz quem já os viu.
Viam-nos passar muito sérios, como se irem sérios os fizesse menos culpados. Encontravam-se longe da terra. Mas dizem que o diabo é tendeiro e que não há nada que não se saiba, por isso houve quem os visse. Entraram os dois no comboio, cada um numa carruagem diferente. No destino abraçaram-se, pensando que ninguém os via. Mas nesse dia a Sra. Rita tinha ido fazer um exame ao coração que só faziam no porto e tambem seguia no mesmo comboio. E logo quem os foi ver, a Sra. Rita! A maior coscuvilheira da terra!
- Pois, é Manuel. Saíram do comboio, cada um da sua carruagem e abraçaram-se e beijaram-se na boca! Eu ate escondi os olhos. Uma vergonha Manuel! Uma vergonha é o que é!
- Viste mal mulher…
Mas não tinha visto. Há muito que eles faziam isso mesmo, para poderem estar juntos uns minutos. Às vezes uma escassa meia hora depois de uma viagem de uma hora! Metiam-se no comboio na terra e iam até ao Porto. Lá andavam de mão dada ou beijavam-se na boca. Nunca passou disso. Ninguém os viu entrar num hotel, ou fazer figuras tristes na via pública, mas o povo não perdoa e a um conto acrescentaram um ponto e em breve passavam as tardes em hotéis e residenciais.
- Vi! E estavam a entrar para uma residencial! Pobre Lúcia. Se ela soube a prenda que tem em casa. E a outra desavergonhada? A meter-se assim com um homem casado?
- Desavergonhada? Mas de quem falas tu mulher?
- Da mariana! Pois de quem mais haveria de ser?
- Então ele não é desavergonhado mas ela é?
- É mulher e tem que se dar ao respeito.
E com esta frase em tom peremptório, a Sra. Rita terminou a conversa. Esta afirmação era a mesma que corria na boca de muitas outras pessoas na aldeia. A mariana por ser mulher tinha que se dar ao respeito. O António por ser homem tinha direito há suas fraquezas. Mundo injusto este em que vivemos em que os homens a e as mulheres não são julgados pelas mesma leis. As leis dos homens são feitas à sua imagem e semelhante: imperfeitas
Mariana avançou pela ponte até meio. Parou a menos de dez centímetros da grade e olhou lá para baixo. O rio ali era bastante profundo devido a andarem a retirar areia. Aqui e ali uma rocha mostrava a sua presença nas maré baixa, mas naquele dia não se via nenhuma. As águas de invernos avançavam furiosas até ao mar ali já próximo levando consigo lixo das margens e ramagens caídas das árvores. O céu negro ameaçava chuva. Era terça-feira e deveria estar a trabalhar. Saíra um pouco mais cedo com o pretexto de ter de ir a uma consulta. Era agora o grande momento. Já não aguentava mais a vergonha. O marido vira a carta que escrevera e não enviara a António. Tinha chegado de surpresa e o sorriso morrera-lhe nos lábios com a sua reacção. Mariana não conseguiu sequer reagir, quanto mais sorrir. Nas mãos uma carta velha, muitas vezes relida de António. Na mesa, uma outra acabada de escrever para António, onde lhe abria a alma mais uma vez. Já não a conseguiu apanhar. Guilherme acompanhara o movimento dos olhos dela e apanhara a carta primeiro. Primeiro com surpresa e depois com desgosto olhara-a. Chegou-se a ela e olhou-a nos olhos. Mariana sempre doce não fez menção de fugir. Fez mal. Uma estalada fê-la cair redonda no chão.
- Vai-te daqui. Amanhã à noite já não voltes.
Disse isto como quem cospe.
- Guilherme….
- Vai-te maldita.
Mariana soube então que só haveria uma solução. Acordou cedo e deitou-se junto ao filho que dormia. Tomou banho e deu o pequeno-almoço ao pequeno Miguel. Levou o menino à ama e despediu-se dele com um beijo. Nunca sorriu. Depois saiu para a fábrica, como saia todos os dias. Levava um lenço na cabeça para que ao andar de bicicleta o cabelo não andasse todo no ar. Os lábios cerrados, os olhos escuros e húmidos. Quem lhe perguntou ficou a saber que ela tinha passado a noite com insónias. Quem não lhe perguntou achou que estava cansada, o que era natural. Mariana trabalhava muito, na fábrica e no resto do tempo na pequena horta da casa. No intervalo pediu licença para sair e voltar apenas à tarde. Em vez de ir ao centro de saúde avançou até à ponte. Continuava a ver lá em baixo as águas turvas. Seria rápido, tinha a certeza. Olhou em frente e pode ver o estuário do rio, as gaivotas, os barcos no estaleiro. Pode ver os pescadores de cana na margem, pode ver os salgueiros a deixar tombar os seus ramos nas águas. Pode ver o farol ao longe na sua roupagem vermelha e branca. Pensou no Miguel, que estava agora na ama a comer a papa muito tranquilo. Sorriu ligeiramente ao evocar a imagem do filho. Pensou no Guilherme e deu-lhe razão nas palavras que dissera. Pensou no António e na última vez que se viram. António dissera-lhe que a mulher estava desconfiada e por isso não queria mais encontrar-se com ela. Depois de lhe prometer tanto, de ter arriscado tanto. A vida é assim, estranha. Mariana sabia que não poderia jamais ter o perdão de Guilherme, mas também sabia que António não gostava dela o suficiente para deixar a mulher. A burrice tinha sido sua, apenas sua.
Olhou mais uma vez o farol, pensou no Miguel, encostou-se à grande da ponte e deixou-se cair. Nos escassos segundos que a separaram do tabuleiro da ponte de da água sentiu o alívio da morte por antecipação e sorriu.
Fim
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Havia muito que caminhava. A minha boca estava seca e sabia a pó. Os meus pés mal suportavam tocar o chão. Há tanto tempo que caminhava sem rumo que me sentia profundamente cansada e abatida. O sol abrasador tinha deixado marcas profundas na minha pele branca e o meu andar, outrora seguro, era agora periclitante e errático. Sentia-me perto do fim. Olhei o horizonte e pareceu-me ver algo azul. Pensei: é uma miragem. Desfaleci.
Quando abri os olhos estava deitada numa cama feita de seda à beira de um lago. O lago. Uma mulher jovem limpava-me o rosto com um pano macio. Estava lavada e já não tinha sede. Soergui-me e pude ver que o lago era azul-escuro, como os meus olhos. De um lado salgueiros-chorão, do outro, choupos. Vi vários homens e mulheres deitados na relva. Uns liam, outros desenhavam, outros deitados de costas viam as nuvens lá no alto. Vestiam-se de azul. Túnicas azul céu de seda esvoaçante. Pareciam em paz. A mulher olhou-me e sorriu. Eu sorri também. Com um gesto convidou-me a levantar e avançar até ao lago. Entrei de mansinho, um pé depois do outro. A água era fresca e límpida. Não senti frio. Fui entrando até não ter pé. Abri os braços e deslizei pela água. De costas, deixei-me estar ali no meio do lago, flutuando. Via os fiapos brancos no céu mais azul que alguma vez tinha visto e senti a tranquilidade invadir cada bocadinho do meu corpo. Fechei os olhos para melhor poder gozar o momento. Quando os abri, já estava a escurecer. Vi-me envolta na penumbra. O lago reflectia a cor cálida das fogueiras na praia. Estranho, pensei, não senti frio, nem fome, nem cansaço. Que lugar seria aquele que o frio e a fome não se faziam sentir? Nadei até à margem e sai caminhando na areia pelo meio das fogueiras. No céu a primeira estrela despontava brilhando suavemente. Um homem esperava por mim. Quando cheguei perto estendeu-me a mão e disse-me:
- Chegaste a casa finalmente. Que bom. Estava à tua espera.
Ficção.....a desejar que fosse verdade....
...sinto-me só...
Terminei mais um livro de um dos meus autores preferidos de todos os tempos: José Luis Peixoto. Este livro, Cemitério de Pianos, é talvez uma das melhores obras do José Luis peixoto na minha opinião. Conta a história de uma familia igual a tantas outras e no entanto diferente de tantas outras familias, unica, fala das suas dores, dos seus problemas familiares, dos sentimentos, dos anseios e angustias. Conta de forma simples mas sem duvida maravilhosa o que se passa dentro de cada uma destas personagens. Consegue com a sua escrita transportar-nos para dentro do livro. É tão verdade isto, que durante toda a leitura eu visualizei as pessoas, as casas, os vestidos, os objectos, as ruas, foi como se estivesse lá. Recomendo vivamente a leitura deste livro tão belo, tão humano, tão cheio de sentimento.
sinopse
Numa Lisboa sem tempo, entre Benfica e o centro, nascem, vivem, sonham, amam, casam, trabalham e morrem as personagens deste livro. No ventre de uma oficina de carpintaria aninha-se o cemitério de pianos, instrumentos cujo mecanismo, à semelhança dos seres que os rodeiam, não está morto, encontrando-se antes suspenso entre vidas. Exílio voluntário onde se reflecte, se faz amor, lugar de leituras clandestinas, espaço recatado de adúlteros, pátio de brincadeiras infantis e confessionário de mortos, é o espaço onde se encadeiam gerações.
Os narradores – pai e filho –, em tempos diferentes, que se sobrepõem por vezes, desvendam a história da família, numa linguagem intercalada de sombras e luz, de silêncio e riso, de medo e esperança, de culpa e perdão. Contam-nos histórias de amor, urgentes e inevitáveis, pungentes, nas quais se lê abandono, violência doméstica e faltas nem sempre redimidas que, no entanto, acabam por ser resgatadas pelo poder esmagador da ternura e dos afectos. Falam-nos de morte, não para indicar o fim, mas a renovação, o elo entre as gerações e a continuação: o pai – relação entre dois Franciscos, iguais no nome e no destino, por um gerado, do outro genitor – nasce no dia da morte desse primeiro Lázaro; o filho, neto do seu homónimo, morre no dia em que a sua mulher dá à luz.
José Luís Peixoto oferece-nos um texto mágico, no qual se cruzam, numa interacção fluida, diálogos cúmplices com a grande tradição da literatura portuguesa e universal
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi