Falar sobre tudo e mais alguma coisa
Domingo, 31 de Maio de 2009
As cores dos meus dias...
Se a minha vida tivesse um fundo colorido, mudaria mil vezes em cada dia. Nalguns dias a manhã acordaria azul celeste, de tarde seria amarelo como o sol, ao fim do dia laranja como o pôr-do-sol e à noite seria cinza, mistura do negro do céu e do branco da lua. Noutros o fundo seria cinza escuro de céu de Inverno, de manhã e de tarde seria cinza claro da cor das nuvens de Verão e a noite seria negra como a pantera que corre nas florestas Africanas. E se às vezes acordasse negro iria mudando devagarinho até que a tranquilidade da noite e da almofada o pintasse de branco imaculado.
Se a minha vida fosse como um filme de banda desenhada e eu a pudesse pintar com lápis de cor, pintaria o amor de amarelo como os malmequeres, a amizade de rosa claro como as madressilvas que cobrem os muros das aldeias. Pintaria a alegria do riso das crianças de laranja como as laranjas dos pomares e de azul vivo os abraços que daria aos meus amigos. De vermelho cor de fogo, de laranja, de lilás como os lírios do campo eu cobriria as noites maravilhosas de paixão.
As vezes, quando vemos a vida tão cinzenta deveríamos pensar no arco-íris e lembrar que há mais cores além do cinzento. Sonhar com o amarelo, o verde alface, o violeta e o azul, com o vermelho e o laranja e o cor-de-rosa porque às vezes os sonhos tornam-se realidade.
Nada na vida é a preto e branco, nada na vida tem apenas uma cor, mas sim mil tons de cada cor. Há mil tons de azul, mil tons de castanho, mil tons de rosa, mil tons de cada cor e do mais claro ao mais escuro, todos os tons pintam os nossos dias.
Que seria deles, dos nossos dias sem as cores? Que seria de nós sem o azul do mar, as cores do pôr-do-sol? Que seria de nós sem o verde intenso das arvores na primavera? Não poderia viver sem o azul do céu em dias de verão, nem poderia viver sem o vermelho das rosas aveludadas dos jardins. Não quereria nunca viver se não pudesse ver o dourado das estrelas numa noite de Verão, nem quereria viver se não pudesse ver o violeta das orquídeas das árvores. Não me imagino a viver sem ver os peixes multicores nem os pássaros que se enfeitam de plumas coloridas. Seria impossível viver sem o azul dos olhos da minha filha.
As cores, são as cores que habitam os nossos dias e lhe dão graça. Imaginam como seria viver num mundo sem cor, todo monotonamente igual? Eu não. Eu não me posso sequer imaginar num mundo sem cor, e por isso, agradeço todos os dias ao maravilhoso inventor da cor, esteja ele onde estiver!
Ficção para a fábrica das histórias por Cláudia Moreira
Quinta-feira, 28 de Maio de 2009
E hoje estou assim...
sinto-me: assoberbada
Quarta-feira, 27 de Maio de 2009
Pela Alexandra
"E PORQUE OS BLOGS TAMBÉM SERVEM PARA ALGUMA COISA..
ESPERO QUE ESTE POST MAIS DO QUE QUALQUER OUTRO SIRVA PARA MOBILIZAR AS PESSOAS, PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA.
PAREM UM POUCO E PENSEM QUE MODEMOS FAZER A DIFERENÇA, OU PELO MENOS TENTAR..
TODOS ANDAMOS OCUPADOS..TODOS TEMOS OS NOSSOS PROBLEMAS..
MAS SERÁ QUE PODEMOS TIRAR 5 MINUTOS DA NOSSA VIDA E TENTAR FAZER ALGO ÚTIL?'
FICA O DESAFIO:
PEDIA A TODOS QUE AMANHÃ NOS VOSSOS BLOGS ESCREVEM ISTO:
HOJE TENHO VERGONHA DA JUSTIÇA PORTUGUESA
E QUE PUSESSEM ESTE LINK:
www.peticao.com.pt/alexandra
neste blog
www.xaninhanossa.blogspot.com/
E ESTE VIDEO:
sic.aeiou.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2009/5/caso-alexandra.htm
QUEM QUISER ESCREVER ALGO QUE O FAÇA, MAS PELO MENOS PONHAM ISTO..
E NÃO É PRECISO SER MÃE, PARA SE UNIR A ESTA CAMPANHA.
SÓ É PRECISO SER HUMANO..
OBRIGADA DESDE JÁ AOS QUE DECIDIREM ADERIR..."
sinto-me: indignada
Terça-feira, 26 de Maio de 2009
o nosso reino - valter hugo mae
imagem retirada da net
Já há alguns dias que acabei de ler este livro, mas ainda não tinha tido oportunidade de vir cá falar dele.
Gostei muito do livro. Gostei do tema, gostei da escrita, gostei da forma como foi exposto o assunto. Tocou-me de alguma forma esta escrita despretensiosa, mas cheia de vida, de alegria, de tristeza, de dor, de angustia, de sentimentos enfim... Gostei muito e ponto. Ah! E já agora, devo mencionar que morar na mesma terra dos escritores que gostamos é uma coisa que nos enche de orgulho e alegria! Recomendo vivamente!
Sinopse e biografia do autor
Num ambiente rural onde a religião é uma âncora fundamental e a visão do pecado uma pesada herança do Estado Novo, o nosso reino começa como uma aventura terna e cândida, contada por uma criança obcecada pela diferença entre o bem e o mal. Porém, ao estilo de um Tom Sawyer num universo de perversidade, o reino em que vive e a própria narrativa que constrói vão responder de forma imprevisível à sua busca incessante de um momento de beleza e redenção: as personagens fundem-se em vasos comunicantes, metamorfoseiam-se, ganham uma loucura de bichos de muitas patas e várias cabeças, e a morte, arrastada pelo cão dos infernos, alastra por todo o lado. Conseguirá o narrador escapar e transformar-se em borboleta ou anjo libertador? Ou acabará como mártir marginal dessa missa negra e supliciante? Entre uma galeria de personagens misteriosas e inesquecíveis, oscilando entre a loucura e a bondade mais pura e inesperada, o narrador deste primeiro romance de valter hugo mãe tece uma história que é uma absoluta surpresa em forma de ficção plástica para a literatura portuguesa do século XXI. Impossível parar de ler.
valter hugo mãe nasceu em Angola, na cidade de Saurimo, a 25 de Setembro de 1971. Passou a infância em Paços de Ferreira e vive em Vila do Conde desde 1981. Licenciado em Direito, pósgraduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Publicou três romances: o apocalipse dos trabalhadores, em 2008, o remorso de baltazar serapião, em 2006 (Prémio Literário José Saramago), e o nosso reino, em 2004, que agora se reedita. A sua poesia está reunida no volume folclore íntimo, Edições Cosmorama, 2008. Sobre a sua obra: A meta física do corpo, sobre a poesia de valter hugo mãe, seguido de uma antologia, de Rui Lage, Edições Cosmorama, 2006.
sinto-me: leitora ávida
Domingo, 24 de Maio de 2009
O pequeno herói - parte II
O João era um garoto de rosto triste e olhar enigmático. Tão depressa me parecia um olhar triste como de repente me parecia que era um olhar de quem é capaz de mover montanhas. Depois daquele domingo comecei a procura-lo silenciosamente com o olhar. Sentia-me sempre triste quando não o via. Aos poucos comecei a ganhar a confiança dele. Ele falava pouco. Era um menino tímido, habituado a contar apenas consigo. Não foi fácil saber toda a história dele, mas depois de saber passei a admira-lo incondicionalmente.
A mãe de João estava doente há muito tempo. João não sabia dizer o nome da doença, mas eu percebi que era esclerose múltipla. Há muito que não andava. O pai, um bêbado incorrigível, tinha saído de casa pouco depois de ter nascido o irmão mais novo. João teria na altura talvez uns seis anos e não passava de um rapazinho minúsculo. Tinha acabado de entrar na escola primária e aprendia o bê-á-bá com um entusiasmo fora de serie. Ninguém sabia que por trás daqueles olhos inteligentes se escondia um rapazinho triste e cheio de problemas, com uma mãe a começar a mostrar a doença e um pai a beber demais todos os dias e que em dias muito maus lhe batia cruelmente. João nunca contou nada disto a ninguém. A mãe, mulher reservada pedia-lhe silencio e ele respeitava. Depois quando o pai saira definitivamente de casa e a mãe começara a ficar na cama cada vez mais, tomara a si a responsabilidade de tratar de tudo. Aprendeu a cozinhar algumas coisas simples por força de não passarem fome, tratava dos irmãos como podia, lavava a roupa no velho tanque da casa e ainda varria e limpava a casa. A mãe via tudo isto e agradecia a sorte em ter aquele filho maravilhoso, no entanto sentia-se mortificada por deixar que uma criança fizesse todo aquele serviço. Mas não podia deixar de aceitar aquela preciosa ajuda. O pequeno rendimento da segurança social não permitia que as coisas se passassem de outra maneira. Não tinha família chegada e nem amigos. Os pobres raramente tem amigos e os doentes ou bêbado menos ainda… Passava as noites a chorar de tristeza, sentia-se amarga e muitas vezes desejava morrer.
João andava ali no parque todos os dias a apanhar lixo. Já me tinha apercebido disso, mas um dia ganhei coragem e perguntei directamente. De inicio ele não me quis responder, mas depois acabou por me contar a história toda. Penso que andava há muito tempo com necessidade de desabafar, de contar as suas mágoas, de aliviar a alma. E eu surgi no momento perfeito.
Contou-me que andava por ali a apanhar lixo, o funcionário do parque tinha pena dele e dava-lhe alguma comida em troca dessa ajuda. Quisera muitas vezes dar-lhe comida e dinheiro, mas João era demasiado orgulhoso e só aceitou em troca de trabalho. Por isso fizeram esse acordo de entreajuda. João fez o mesmo acordo numa padaria onde vai varrer o chão, num café onde despeja o lixo todos os dias e noutros lugares onde pode dar uma pequena ajuda e onde as pessoas gostam de ajudar aquele menino herói.
Um dia pedi-lhe para visitar a mãe dele. Nunca vi tanto amor e gratidão nos olhos de uma mãe. Eu chorei como uma criança pequena com as palavras de agradecimento que aquela mãe disse ao filho na minha presença. Eu chorei de tristeza por saber que há no mundo tantas pessoas com dificuldades, tantas tristezas, tantas amarguras… Eu na minha inocência de criança sem problemas nem sabia que o mundo podia ser assim tão cruel. Foi uma lição de vida para mim. Depois tentei de alguma forma ajudar, falei com os meus pais, mas nada se compara ao que aquele menino fez durante anos e sem um queixume. Hoje, quando penso nisso, sei que se por um lado fiquei absolutamente angustiada, por outro fiquei absolutamente orgulhosa por ter aquele menino como amigo, por saber que existem no mundo pessoas com uma alma de valor incalculável. Heróis, verdadeiros heróis, sem capa, sem espada, sem poderes mágicos, mas muito mais heróis.
“Texto de ficção escrito por Cláudia Moreira para a Fábrica das histórias”
O pequeno herói - parte I
Dizem que já não existem fadas, nem elfos, nem magos, nem bruxas, nem heróis nem outras personagens que povoam os nossos imaginários, que nos fazem sorrir e que nos fazem sonhar. Eu digo que é mentira e vou prová-lo com esta história. Mas não esperem um herói à moda antiga, não esperem que lhes fale de um cavaleiro corajoso ou de uma figura a saltar de telhado em telhado ou a correr mais rápido que um relâmpago! Este herói é bem diferente, é de um herói de carne e osso como tu ou eu, mas nem por isso menos herói.
Foi numa tarde solarenga de domingo que o conheci. O sol a aninhar-se no horizonte, o vento a obrigar-nos a vestir os casacos e o estômago a queixar-se que estava vazio e nós ainda sem vontade nenhuma de ir embora, de sair daquele lugar paradisíaco perto da praia. Tinha sido uma tarde fabulosa. Um jogo de bola na areia, um pic-nic a serio com panados e bolinhos de bacalhau, um baralho de cartas e muita, muita risada a dourar ainda mais o dia. Éramos vinte, conta certa, e já era normal juntarmo-nos ali todos os anos no primeiro domingo de Junho. Os nossos pais faziam férias por ali e por isso já éramos amigos de longa data. Aquele primeiro domingo marcava o inicio na nossa época balnear. Os nossos pais tinham todos casa de praia ali naquela zona, uma pequena vila piscatória alentejana. Depois deste Domingo, muitos outros se seguiam, embora nem sempre estivéssemos todos ao mesmo tempo. Era o dia oficial de abertura do tempo da praia e da reinação.
Sábado, 23 de Maio de 2009
Turista na minha terra!
Depois das pinturas e arrumações resolvi dar-me um dia de passeio, ia dizer descanso, mas não foi bem de descanso, foi de passeio, porque só me cansei mais!
Ontem sai de casa cedinho e fui fazer de turista na minha terra. Gosto de o fazer. Há tanto para ver, tanto por descobrir... Ontem foi a vez do Porto. Comecei por um passeio à beira-mar. A Foz, no Porto é maravilhosa para passear.
Não podia deixar de tomar um café numa das minhas esplanadas favoritas. Entretanto vou pondo a leitura em dia...
Depois embrenhei-me no coração do Porto e fui conhecer uma das mais belas livrarias do mundo: a Livraria Lello. Vim de lá simplesmente fascinada pela sua beleza, antiguidade, pela sua magia. As estantes trabalhadas, os livros antigos, a escadaria, os sabonetes, o café. Tudo absolutamente perfeito. Senti-me transportar ao inicio do seculo, quase podia ouvir o roçagar das saias e ver os bigodes dos intelectuais da época!
Depois de calcorrear a Rua dos Clérigos, de Santa Catarina, de ter passeado nos Aliados, fui sentar-me num dos cafés mais emblemáticos do Porto: o Majestic.
E como bónus ainda pude ver e ouvir o carrilhão da Rua de Santa Catarina, que está instalado por cima da Fnac. Parece impossivél, mas é verdade, já lá passei tantas vezes e só ontem vi o relógio e as figuras na sua dança!
Nota: todas as fotos foram retiradas da net. Obrigada aos seus autores
sinto-me: turista
Sexta-feira, 22 de Maio de 2009
Eu disse que não ia fazer nada...
...mas o quarto do André precisava mesmo, mesmo, mesmo de uma pinturinha...
imagem retirada da net
Acabei agorinha e estou cansada e o André diz que pareço a Snow White!!!!
sinto-me: cansada
Quarta-feira, 20 de Maio de 2009
Ele...
...consegiu 61% no teste intermédio de matématica, mas precisa de subir o 2 do segundo periodo para um 4, o que é muito dificil de conseguir num exame nacional. Além disso ainda nem sei se vai ser chamado a exame...
*suspiro profundo*
conseguiram ouvir não foi? bem me parecia...
sinto-me: :S
Ela...
...diz que correram bem. Eu sei que sim. Não ia minimamente nervosa e quase não estudou para as provas de aferição ou provas de aflição como lhes chamou a gozar! Confio que vai ter bons resultados:))
sinto-me: :)