Fiz um slide show todo giro e agora não consigo postá-lo aqui...
Este post é para agradecer à minha amiga Raquel por toda a simpatia, carinho, amizade e paciência que teve connosco. Também para agradecer os passeios, os pequenos-almoços, jantares, queijadinhas e tudo o que não menciono aqui mas agradeço na mesma:)
Foram dias cheios de alegria e boa disposição e muita maluquice também:) eu já imaginava que com a Raquel iria ser assim mesmo:)
Beijinhos e um abraço para ti minha querida e beijinho ao marido que, coitado, teve também que nos aturar:)
adivinhem lá por onde andamos?
imagem retirada da net
Escrevo sobre o amor
Um dia após outro escrevo
Sempre sobre o amor
Nada mais eu sei escrever
Nem sobre lutas, nem pátrias
Nem sobre viver ou morrer
Só escrevo do que sei falar
Das emoções, dos sentimentos
Do sofrer, do sentir e do amar
Não preciso do lápis de carvão
Para sobre o amor escrever
Escrevo poemas com o coração
Não sei fazer rimas brilhantes
Nem escrever sobre a ciência
Nada sei de coisas importantes
Não importa, não quero saber
Escrever livros grandiosos
Quero só sobre o amor escrever
Escrevo sobre o amor
Um dia após outro escrevo
Sempre e só sobre o amor…
http://www.youtube.com/watch?v=0Su8LXNS1
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- Então filho? Nem me contaste como foi a visita à exponor….
- Ya, foi fixe. Deram-me preservativos e lubrificante!
- Ah?!?!?!?!
(estão a ver a minha cara de espanto?)
- Sim, no fim deram-nos a todos.
- Lubrificante? Para quê?
- (risos) mãe, tu não sabes?
- Ah?
(estão a ver a minha cara de um pouco sem saber o que dizer?)
- Sim, não sabes para que serve?
- Sei filho, mas não era suposto to darem... os preservativos acho bem, agora gel lubrificante?
Esta foi uma conversa que tive com o meu filho um dia desta semana. Ele foi a uma feira na Exponor pela escola, cujo objectivo era mostrar-lhes os diversos caminhos a seguir depois do nono ano. Achei bem. Na feira estavam lá os representantes das entidades da luta contra a sida. Foi aqui que lhes deram os preservativos, canetas, pins e gel lubrificante. Eu não entendi bem para que é que o gel serve a miúdos de 15 anos. Não sou assim tão preconceituosa que não fale nisso com o André, mas sinceramente não percebo muito bem a ideia. Eles são novos demais, devemos ensinar, mas não incentivar iniciar a vida sexual aos 15 anos. Eu ri-me com ele e obriguei-o a dizer para que servia aquilo, coisa que ele sabia na perfeição, e fartamo-nos de rir os dois. Mas no fundo fiquei a pensar se certas coisas são mesmo necessárias nesta idade. Talvez isto seja alheio à escola, talvez não seja. Eles não têm a disciplina de educação sexual, mas os professores vão sempre dando uns conselhos nesta matéria. Considero benéfica essa aprendizagem na escola, mas não vejo necessidade de lhes ensinar logo tudo de uma vez….
Estarei errada? Serei demasiado fechada? Eu tenho uma opinião bastante concreta sobre isto, mas como humana que sou às vezes também me assaltam as duvidas…
Fábrica de Histórias (1)
por Alfa, Apaixonada, Azoriana, Closet, Cloudy, Emanuela, FFF, Jo, Ki, LazyCat, Mafalda, Magnolia, QuaseQuarenta, Raquel, Reflexos e SentirSemSentido
Páginas: 121
PVP: 7,50 €
Disponibilidade: 3 a 5 dias
Encomendar: aqui
Uma ideia maravilhosa da Helena da Autores deu nesta coisa linda!
Somos muitos, sim somos, que eu tembém dei um contributozinho com as histórias que fui publicando no Coisas Minhas!
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- Bom dia Tia Miquinhas! - Bom dia Rosinha… - Então Tia Miquinhas? Passou bem o dia? - Nem por isso filha, nem por isso… - Então que se passa? É o reumático outra vez? - Oh, é a velhice, é o que é… - Velhos são os trapos, é o que a minha avó me está sempre a dizer! - Pois é…Da boca para fora é fácil, agora cá dentro…. - Mas você está aqui tão bem tratadinha, lareirinha acesa, comidinha boa… não a tratamos bem? - Tratam sim, minha querida, não sou nenhuma ingrata. Mas se soubesses o que é estar para aqui sozinha, dia após dia, a olhar para o vazio da vida, só à espera da hora da morte… - Então dona Miquinhas, que tristeza é essa? - Não é nada… - Vá lá, então? Não se vai por agora a chorar, vai? - Isto já passa filha… - Assim também vou chorar consigo… - Tu não tens porque chorar Rosinha. Jovem, bonita, uma vida inteira pela frente… - Você tem as mãos tão geladinhas, deixe que eu esfrego um bocadinho para as aquecer. - Obrigada minha filha, se não fosses tu não sei o que seria de mim. Sabes, conto as horas, os minutos para te ver entrar ali por aquela porta… a solidão de um velho é uma coisa terrível… - Eu compreendo isso, mas não se pode deixar abater. Vá lá. Vamos ao banhinho? - Tenho tanto frio, ligas o aquecedor filha? - Claro que sim, já está ligado. Isso mesmo, vamos lá tirar a roupinha, agora para dentro da banheira. Cuidado, veja lá, não vamos partir nada, que isso nesta idade custa muito a soldar! - Nem digas uma coisa dessas Rosinha, que eu até ficava maluca da cabeça. Lembro-me tão bem de quando era nova, assim mais ou menos da tua idade, o que eu saltava, trabalhava, dançava nos bailes de domingo à tarde… e agora olha, nem me consigo lavar… - Sabe, Dona Miquinhas, um dia vou ser eu a estar ai nesse lugar e espero que haja alguém que queira estar no que estou agora… - Tu tens bom coração, não te vai faltar ajuda, Rosinha… - Deus a ouça, Dona Miquinhas, Deus a ouça… Vamos vestir agora… dê lá um jeitinho ao braço. Isso mesmo. - Ai ai ai….que me dói tanto a coluna. Não tarda vou acamar… Virás na mesma Rosinha? - Mas isso lá é pergunta que se faça minha senhora? Ai, ai, ai, olhe que assim ofende-me… - Não fiques zangada, mas eu só posso contar contigo e não sei como vai ser depois que precisar das fraldas e de que me metam a comida na boca… - Vai ser como é agora. Eu venho cá fazer o que é preciso, dar o banho, dar de comer, tudo como até aqui. - Obrigada Rosinha, obrigada querida. Se fosses minha neta não gostaria mais de ti… - Eu também gosto muito de si Dona Miquinhas. Olhe aqui o jantar. Arroz de netos com um filetezinho que eu sei que adora! - Cheira bem! Se souber bem como cheira… - Pronto, agora tenho de ir que tenho a dona Mariazinha à espera. Depois deixe ai a louça que mais tarde passo aqui para a lavar! - Esta bem filha, vai sossegada. - Nada de sair daqui da beira da lareira, senão ainda apanha uma gripe e depois é que vão ser elas! - Não saio daqui, prometo, vou ficar aqui entretida numa conversa com o meu falecido António… - Até logo então Dona Miquinhas! - Até logo Rosinha! Texto de ficção para a Fábrica das Histórias por Cláudia Moreira
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Decidi aquilo assim um pouco de cabeça quente. Estava farta, estava fartinha, estava indiscutivelmente farta da minha vida. Uma noite depois de um dia cansativo de trabalho a decisão chegou assim como uma coisa a lógica a fazer. Claro que depois quando disse à família, todos me olharam como se tivesse enlouquecido.”Isso não tem pés nem cabeça” disseram-me vezes sem conta. Eu também não fui meiga no anúncio. Disse assim de rompante que iria viver para o meio do monte e iria abandonar o meu trabalho de executiva porque queria muito ser feliz e viver um pouco mais tempo e que a continuar assim corria sérios riscos de morrer entretanto de enfarte. Entre reuniões de direcção, viagens de negócios, jantares oficiais e ainda ter que estar sempre impecável na apresentação não me restava sequer tempo para ver o sol brilhar. Durante uma semana não houve dia nenhum em que não me tivessem dito que aquilo não tinha lógica nenhuma. Como poderia eu querer abandonar uma carreira que me custara tanto a construir? Como poderia eu largar a minha casa acabada de comprar? Como poderia eu deixar a cidade, as festas, o teatro, os amigos? Como poderia abandonar o conforto? Abandonar a família? Ninguém entendia a minha súbita necessidade de sair dali, abandonar velhos hábitos, largar as roupas da moda, as festas sociais, o conforto de uma casa moderna. Mas eu sei como me sentia e isso na minha cabeça fazia todo o sentido.
Depois da primeira semana a ideia começou a fazer menos confusão na cabeça das pessoas. Deixaram de me dizer que a ideia não tinha pés nem cabeça e passaram a perguntar como iria pôr em prática a estranha decisão que tinha tomado. Perguntavam e eu respondendo fui delineando o meu plano. Iria realmente viver para o monte, longe do bulício da cidade, das intrigas. Iria viver para um sítio onde se sente o cheiro da natureza, onde se vêem as estrelas e onde se ouvem os pássaros cantar desde que o sol nasce até que se põe. Aprenderia a cultivar uma horta e dedicar-me-ia à escrita. Teria muito tempo para ler, para escrever. Teria tempo para conversar com as pessoas na aldeia próxima, teria tempo para mim própria.
Vendi os meus bens e com uma parte do dinheiro comprei o terreno onde depois construi a minha cabana. Mandei fazer uma cabana de madeira, cujos únicos luxos eram uma casa de banho e aquecimento. O resto do dinheiro guardei-o no banco até ver no que dava a minha ideia sem pés nem cabeça. Vendi os móveis, entreguei a carta de despedimento e despedi-me dos amigos. Por fim fiz a mala com algumas roupas simples e encaixotei os livros, único bem que seria incapaz de deixar para trás.
A família e os amigos íntimos fizeram uma pequena festa de despedida. Deram-me cada um uma lembrança para que nunca os esquecesse. No dia seguinte enfiei tudo dentro do jipe velho que comprei em troca do topo de gama e iniciei a mais louca viagem da minha vida. Antes de partir, passei na praia, molhei os pés, senti-me em paz, verdadeiramente feliz. Depois fiz rapidamente a viagem que me separava do futuro risonho que prometi a mim própria.
Hoje estou feliz por ter tomado aquela decisão. Sinto-me bem, feliz. Já se passaram muitos anos e continuo aqui. Tenho vivido em comunhão com a natureza. Tenho vivido do que cultivo e de algum dinheiro que vou fazendo com a escrita. Não sinto saudades da cidade, nem da confusão, nem do cheiro dos gases dos carros. Não sinto falta do emprego, nem da comida rápida, nem dos saltos altos. As vezes recebo aqui os amigos, que sempre fiz questão de conservar. Já não dizem que é uma ideia sem pés nem cabeça nem me olham como se fosse louca. Creio até que sentem um pouco de inveja do meu sorriso franco, das minhas cores sadias e da minha vida tranquila. Vivo sozinha, é verdade, mas vivo em paz. E acima de tudo vivo feliz numa vida que afinal tem pés e tem cabeça.
Texto de ficção escrito para a “Fábrica das Histórias” por Cláudia Moreira
Para apreciar e começar bem o fim-de-semana....
Nice weekend to all of you!
Adenda: há alguém que vai ter que aprender a música que eu quero ouvi-la ao vivo:)
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É verdade, há uma parte da felicidade que se aprende e nem sequer é preciso ir à escola. Aprende-se no dia a dia entre risos e sofrimento, entre filhos e amigos, entre gente simples e a natureza. Aprende-se vivendo. Há uma parte da felicidade que é feita de momentos tão simples como um raio de sol que entra pela janela, ou uma borboleta que volteia numa flor ou numa criança que nos sorri sem nos conhecer. Há momentos em que olhamos à nossa volta e percebemos a sorte que temos por termos nascido num pais onde não há guerra, onde existem jardins em vez de campos de minas e os nossos filhos saem à rua com uma bola na mão e não com uma arma. A felicidade aprende-se no dia a dia, quando nos damos conta que a montanha de roupa para passar não é uma seca, é uma bênção porque há quem ande nu e que a chatice de cozinhar é uma coisa maravilhosa porque temos com que o fazer. A felicidade não tem que ser grandiosa, não tem que nos fazer pular em praça pública, é antes serena e tranquila. É um sentimento que nos invade e aquece o nosso intimo, nos faz sorrir com a certeza que tudo está bem e nos seus devidos lugares. É um sentimento de gratidão para com ninguém em especial por sermos quem somos, por termos na vida quem temos. É uma sensação maravilhosa de paz de espírito que nos torna mais leves que as penas das aves do paraíso. A felicidade aprende-se cada dia mais um bocadinho. Às vezes esquecemos isto tudo por momentos, mas não é grave desde que seja mesmo só por breves momentos e no fim consigamos sentir de novo que somos capazes de ser felizes.
Há outra parte que não depende de nós. É aquela parte que depende da sorte em que vamos tropeçando. Sobre essa não temos controle, mas não faz mal, porque já temos a outra parte, aquela que está dentro de nós, onde ninguém a pode ir buscar e destruir. Se de vez em quando conseguirmos ter as duas, então somos mesmo muito, muitos sortudos e devemos aproveitar ao máximo esse tempo de sorte, porque é raro. E como tudo o que é raro, é precioso!
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...decisão para mudar um pouco a minha vida. O médico aconselhou e eu hoje já fui fazer a inscrição. Alguns kms na passadeira e mais alguns na bicicleta, e tudo sem abafar! Além de me fazer bem à saude, espero que também me faça bem ao ego!
O médico mandou-me mudar de vida, mas sinto-me de mãos e pés atados....
Que vontade de sair daqui, abandonar esta vida sem sentido e recomeçar tudo de novo nalgum sitio onde a palavra tranquilidade ainda faça sentido...
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi