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Estava sentada a beira-rio
Num fim de tarde de Setembro
Estava sol mas eu tinha frio
Já nem sei porquê, já não me lembro
Uma lágrima corria teimosa
Pela minha cara entristecida
Estava triste e ansiosa
Sentia-me fraca e envelhecida
Meu coração estava tão vazio
Não era por ninguém amada
Por isso sentia sempre frio
Dentro da minha alma cansada
Estava eu assim sentada
Num velho banco de jardim
Sentindo-me abandonada
Mas conformada por fim
Quando o vi pela primeira vez
Nos olhos um sorriso, um apelo
Belo, elegante, cheio de altivez
Azul nos olhos e negro no cabelo
Chegou assim de mansinho
Com um sorriso aberto imenso
Sentou-se assim com jeitinho
E o seu olhar no meu, intenso
Sentou-se assim ao pé de mim
Pegou na minha mão com jeito
E eu fiquei quieta assim
Com o coração a saltar do peito
Acho que por fim te encontrei
Grande Amor da minha vida
Sei que te amo, porquê, não sei
Agora já não me sinto perdida
Não falaste, bastou p’ra ti olhar
Para te ficar assim rendida
Só queria para sempre ficar
Em teus doces braços perdida
E foi numa tarde bela assim
Sem que eu pudesse imaginar
Que naquele banco de jardim
Meu grande amor me iria amar
Magnolia
28-03-2008
A foto pertence à minha mana Rita Moreira
(imagem retirada da net)
As vezes à noite deito a cabeça na almofada e não consigo dormir. Tenho a cabeça cheia de mil e uma coisas. Problemas, aborrecimentos, contas que não sei como pagar. Ando as voltas com tantos problemas que o sono não vem. Deito-me e levanto-me. Vejo televisão. Pego num livro. Como iogurtes. Faço um chá. Nada resulta. É nesta altura que sou obrigada a ligar o interruptor que acciona a imaginação e me transporta para outro mundo e assim consigo dar descanso aos neurónios maltratados.
Sou eu, mas vejo-me ao longe. Estou na biblioteca nos meio das prateleiras onde se pode encontrar literatura chilena. Vejo-me de cabeça inclinada lendo os títulos dos livros. Esta calor e tiro o casaco. Sei que tem muita gente a minha volta, mas pareço não dar por isso. Procuro um livro específico, chama-se o Carteiro de Pablo Neruda. Estou tão absorvida que não vejo que um homem na casa dos trinta se aproxima de mim.
- Procura algo em especial?
Olho-o como se tivesse acordado de um sonho – sim, procuro o Mário…
Então, aquele homem de cabelos negros rebeldes e olhos azuis sorri para mim, um sorriso aberto como vi poucos na vida e diz:
- Eu sou o Mário…
Vejo um sorriso no meu rosto também.
-Refiro-me ao Mário Ruopollo do Carteiro de Pablo Neruda…
-Eu sabia…mas como também sou Mário resolvi brincar…não levou a mal pois não?
Como poderia eu levar a mal uma brincadeira tão inocente e ainda por cima vinda de um homem tão belo como aquele?
-Não levei a mal, fique descansado…e você? O que anda a procura?
-Ando a procura da minha doce Beatrice…mas não a encontro…já a procuro há muitos anos e parece que vai ser difícil encontra-la…já não sei se acredito nas almas gémeas…
-Eu também procuro a minha… – digo eu corada ate a raiz dos cabelos.
Ele olha-me profundamente nos olhos, e sinto-me despida.
-Aceita tomar um café comigo um dia destes?
É aqui que finalmente adormeço e dali a pouco o despertador toca. Eu ainda cansada a desejar que faltassem muitas horas para acordar, lembro-me do Mário e digo a mim mesma: Cláudia Sofia, afinal tens 34 ou tens 14 anos???
Há já alguns dias que andava triste. Uma das minhas maiores dificuldades é fazer amigos e um dia destes, tal como se fosse o mundo a dizer-me "eu bem te disse que nao eras interessante", levei com um balde de agua fria na cabeça... A conselho tentei ser mais sociavel, enviei mensagens, tentei chegar as pessoas e o que recebo em retorno? Nada...:-( Fiquei muitissimo triste....
...e é entao que depois de dias assim tristonha , um dos meus amigos que embora de longa data no cyber-espaço e more a 350 kms de distancia e só me tenha visto 3 ou 4 vezes, me diz:
-Plantei uma Magnólia no quintal, assim vais estar sempre perto de mim...
(imagem retirada da net)
imagem retirada da net
Sinto falta de ti...
A noite chegou de mansinho
E trouxe com ela mil desejos
Mil vontades, mil ensejos
De ternura e de carinho
Sinto falta de ti...
Chegou a hora de dormir
Deito-me na cama vazia
Estendo a mão e sinto-a fria
Nao te vou poder sentir
Sinto falta de ti...
Os beijos que não terei
Mimos, afagos calorosos
E abraços poderosos
Mumurios que nao ouvirei
Sinto falta de ti...
Olho em vão a almofada
Sei que continuará vazia
Nua, queda e fria
E jamais será usada
Sinto falta de ti...
Aperto-me num abraço
Enrolo-me em mim
E fico então assim
No meu próprio regaço
Sinto falta de ti...
Nunca te terei meu amor
Es parte da imaginação
De alguém com um coração
Imerso em sonhos de amor
Sinto falta de ti...
Magnolia
24-03-2008
imagem retirada da net
Estou tão triste, muito triste,
E só me apetece chorar,
Estou sozinha e assim irei ficar,
E tristeza maior não existe,
Do que estar assim sozinha,
Horas, dias, meses, anos a fio,
Em vez de amor, ter um vazio,
Mas que triste vida a minha,
Tenho um aperto no peito,
Uma dor que teima em ficar,
Dentro de mim a latejar,
Esta dor que me apanhou a jeito,
As lágrimas que querem brotar,
Um soluço que não se desfaz,
Eu queria tanto ser capaz,
Poder muitas lágrimas chorar,
E o meu peito poder rasgar,
E arrancar este sentimento,
Apagar este pensamento,
Sem pena, se dó, sem pesar,
Estou tão triste, muito triste,
Porque estou assim sozinha,
Mas que triste vida a minha,
Mais triste assim não existe...
Magnolia
24-03-2008
Magnólia, magnólia doce e querida,
Diz-me onde está a minha vida,
Onde esta o meu amor?
Magnólia, doce amiga conselheira,
Traz meu amor p’ra minha beira,
Onde esta o meu amor?
Diz-me onde está a minha vida,
Que eu ando p’r’aqui perdida,
Onde esta o meu amor?
Trá-lo já p’rá minha beira,
Que não tenho quem me queira,
Onde está o meu amor?
Perguntas-me pela tua vida,
E eu digo que não esta perdida,
Onde esta o meu amor?
Pedes-me p’ró trazer p’rá tua beira,
Trarei, sem agravo nem canseira,
Onde esta o meu amor?
E eu digo que não esta perdida
A tua ilusão mais querida
Onde esta o meu amor?
Trarei sem agravo nem canseira,
Teu amor p’rá tua beira,
Onde esta o meu amor?
Magnolia
* imagem retirada da net
O dia acordou cinzento, triste, pesado. É segunda-feira e isso nao ajuda nada. Queria ter ficado a dormir mais um pouco. Queria acordar so quando o sol brilhasse. Estou cansada, cansada do corpo e cansada da alma. Para o corpo o remedio é dormir, mas para a alma... já é mais dificil descobrir um remedio eficaz para este cansaço teimoso. O meu alivio sao dois seres maravilhosos, lindos, queridos, fantasticos, que sao os meus filhos. Se eu pudesse, passava o dia e a noite a ohar para eles, comtemplando a minha razao de existir. Mas porquê vida és tu tão dificil?!?!
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi