Pois é, uma coisa não tem nada a ver com a outra, a não ser que vimos as duas coisas no mesmo dia! Ontem fomos fazer uma visita aos pirilampos do Parque Biológico de Gaia. Um amigo que trabalha lá falou-me sobre os pirilampos e resolvi levar lá a Ana. O André não achou muito interessante a ideia, acho que já se sente grande demais para ver pirilampos! Fui eu, a Ana, a minha irmã Rita e o meu sobrinho Tiago.
Eram mais ou menos dez da noite e estava bastante escuro, não demasiado porque o luar estava tão intenso que em campo aberto parecia quase dia, quando começamos a visita guiada. Debaixo das árvores a escuridão era quase absoluta e de início pareceu-me um pouco estranho aquele lugar. De dia é um belíssimo parque, de noite nada se vê, é um pouco fantasmagórico. E como a visita exigia silencio, estávamos sempre a dar de caras com pessoas que pareciam surgir do nada! Andamos algumas dezenas de metros um pouco a apalpar terreno, o guia estava longe e a maioria das pessoas também (chegamos um pouco mais tarde, moramos longe) até chegar perto do resto do grupo. De início tentamos adaptar-nos a ver na escuridão. Os miúdos avançavam agarrados a nós. Nem sei como foi que a Ana não desistiu, ela tem pavor do escuro. Mas não, agarrou a minha mão e avançou corajosamente!
De repente começamos a ver centenas de pontinhos brilhantes à nossa frente, como se de repente as estrelas tivessem caído do céu e descansassem no meio das árvores! Ali estavam eles, centenas de pirilampos a brilhar! Estavam por todo o lado, no meio das árvores, uns mais perto outros mais longe, alguns quase a tocarem-nos em voos rasantes. Foi magico ver aqueles bichinhos brilhantes no meio do silêncio da noite! Pequenos e grandes, todos estavam encantados com o espectáculo! O Tiago encontrou um no chão em cima de uma folhinha que o acompanhou no resto do passeio e acabou por entrar para dentro do casaco! Andava feliz com o pirilampo perdido a brilhar por entre as roupas!
Depois fomos ver as corujas e os mochos que de dia não gostam lá muito de aparecer. Também vimos uma cabra-loura que é uma espécie de escaravelho grande e que vive nas árvores e também aparece mais à noite.
Por fim, bem pertinho da árvore dos sonhos, fomos ver as estrelas. A noite estava muito bonita, cheia de estrelas e ali em campo aberto, longe da cidade, olhando o céu, podíamos ver o firmamento estrelado em toda a sua plenitude. Também tinham lá colocado um telescópio onde pudemos ver Saturno com os seus anéis a uma distância de mais ou menos 6 mil milhões de km da Terra. Estranho pensar na imensidão do Universo. Somos apenas uma partícula no universo. Apenas um grão de areia…
E pronto, depois regressamos a casa, cansados, já tarde, muito tarde. Foi só tempo de deitar... e sonhar…
Magnólia
Outras IDEIAS minhas
Ideias de outros que eu gosto de ler
- As conversas são como as cerejas
- As palavras que nunca te direi