Não vou explicar porquê porque não sei explicar porquê, mas a partir da página cinquenta comecei a devorar as palavras deste livro fantástico! Não é uma história comum, nem sequer simples, e talvez por isso me tenha feito pensar o tempo todo. Está cheio de metáforas e eu gosto delas. Talvez precise de reler o livro para o entender (um pouco) melhor. Desconfio mesmo que se o ler mais três vezes, aprenderei sempre. Gabo a imaginação de Murakami, mas muito mais a capacidade de nos transportar para o seu mundo e para nos fazer "pensar" os seus pensamentos! Recomendo!
Sinopse
Kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos.
Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.
Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e, simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempo.